Por sua vez, a falta de escoamento e aproveitamento da parte excedentária de pequenos pelágicos, em relação ao mercado de pescarias, está afectar negativamente o rendimento de muitos pescadores da Ilha de São Miguel. Este problema, que surge em muitos portos do mundo, costuma ser enfrentado com o recurso à industrialização da parte não consumida em fresco. Apesar de na Região Autónoma dos Açores haver alguma tradição do tratamento industrial para conserva de pequenos pelágicos, a verdade é que apenas uma empresa industrial o faz a preços de retirada mas em quantidades não muito elevadas, alegando as outras estarem só preparadas para laborar tunídeos.
O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia Legislativa Regional, apresentou, pois, um requerimento ao Governo Regional, questionando-o nomeadamente sobre que medidas concretas tomou para enfrentar a situação e se encara a possibilidade de enviar o peixe excedentário para o Continente ou apoiar e incentivar empresas industriais da Região a laborar pequenos pelágicos.