- Nº 1554 (2003/09/11)
Brigadas de contacto

À conversa pela Atalaia

Festa do Avante!
Munidos de um folheto sobre os direitos dos jovens, muitas ideias e um sorriso nos lábios, os participantes das brigadas de contacto da JCP partem à conversa com os jovens visitantes da Festa do Avante!. Os mais tímidos levam um pacote suplementar de coragem, porque isto de falar com desconhecidos nem sempre é fácil.

Leitão diz que não é preciso nenhuma preparação especial, porque os militantes da JCP estão sempre prontos para o esclarecimento. «Qualquer comunista tem de responder a essas perguntas no dia-a-dia, aqui ou noutro lado qualquer.» Juntamente com Margarida Brissos e João Flores, forma uma das muitas brigadas que percorrem a Quinta da Atalaia nos três dias da Festa.
Este ano o tema são os direitos do jovens, desde a lei de bases da educação até ao pacote laboral. João tem algumas técnicas para começar a conversa. «Pergunto se estão a gostar da Festa e depois tento levar a conversa para a política e para a JCP», conta. «Há pessoas que estão bem informadas e que têm algumas dúvidas ou que querem saber mais sobre um determinado tema. Também há quem faça perguntas ideológicas, já com uma preparação diferente, e que nos gostam de pôr à prova», acrescenta Margarida.
Leitão considera que a receptividade é boa. «É uma forma de levar a mensagem política aos visitantes», refere, orgulhoso por este ano o PCP também ter organizado brigadas de contacto: «Mostra que estamos no bom caminho e que temos boas ideias. Dá-nos vontade de continuar a trabalhar e de criar coisas novas que possam ser aproveitadas por todos.» Margarida concorda: «É sinal que esta estratégia dá resultado. A Festa é um lugar propício para aprendermos e para crescermos mais como comunistas.»
As brigadas lembram aos visitantes que em qualquer ocasião podem ir a um centro de trabalho do Partido procurar informações ou esclarecimentos. E quando não sabem responder a alguma questão, aconselham os visitantes a dirigirem-se à banca da JCP. «Somos humanos, temos direito ao erro e a não sabemos certas coisas. Não temos de ter vergonha de admitir isso. Não somos pais nem professores, não nos armamos em superiores», diz João.
Quem participa nas brigadas também aprende. Leitão afirma que ficam «a conhecer ainda melhor as condições de vida dos jovens». «Aqui é que nós vemos o trabalho que há a fazer, que temos de informar mais as pessoas. Por muito que façamos, nunca é o suficiente para atingirmos todos. Mas sentimos que os jovens fazem uma crítica profunda a este Governo. Sentem-se muito ameaçados», explica Margarida.