A DORL do PCP contesta o anúncio do Primeiro-Ministro, feito na Assembleia da República, de se iria acelerar o processo de privatizações. Na mira do Governo está a venda de mais capital da EDP, o início da privatização da REN – Rede Eléctrica Nacional, das OGMA, da Companhia das Lezírias e uma nova fase de privatização da GALP. «Como se a decisão da entrega destas importantes e estratégicas empresas nacionais não fosse já um bastante grave atentado ao interesse nacional, veio a público a intenção do Governo em avançar com a privatização da EPAL e outras partes do sector da água», denunciam os comunistas. Para o PCP, «estas decisões constituem, em si mesmo, mais uma clara demonstração de que este Governo e a política de direita visam unicamente a satisfação dos interesses do grande capital». Para a DORL, estas decisões não só não constituem «factores de modernização» da economia como são, isso sim, claramente contrárias ao desenvolvimento e progresso do País. O anúncio de mais estas privatizações confirmam a razão que o PCP tinha quando alertou para o que se escondia por detrás dos «processos de reestruturação» de muitas destas empresas: a preparação do terreno para a sua entrega ao capital nacional e estrangeiro, particularmente às transnacionais.