O PCP defende a elaboração de um plano urbanístico para toda a área metropolitana de Lisboa como forma de combater a «construção desregrada» na zona ribeirinha. Os comunistas de Lisboa consideram urgente o estudo da realidade da zona portuária de Lisboa e de toda a frente ribeirinha da Área Metropolitana de Lisboa para acabar com as «políticas desarticuladas» entre os vários concelhos. Em conferência de imprensa realizada no dia 8, Carlos Chaparro, da DORL, chamou a atenção para a «forte tendência especulativa e imobiliária» nos terrenos envolventes ao Porto de Lisboa e reafirmou a necessidade de definir políticas integradas para a AML. Os comunistas denunciaram as revisões dos planos para as zonas limítrofes da Expo que estão a ser efectuadas «no segredo dos gabinetes da maioria PSD/PP na câmara de Lisboa». «São revisões onde nem as populações nem os autarcas de freguesias se revêem e onde a especulação cavalga já a todo o solo, antes classificado de industrial», realçou o dirigente da DORL. Estes antigos terrenos industriais são mesmo as grandes áreas de negócio na área metropolitana, afirmou Carlos Chaparro, lembrando o que está a acontecer na Quimiparque, no Barreiro, e as pressões sobre os terrenos da antiga Lisnave, em Almada.