Tem aí mais panfletos para os colegas?
Como se faz uma distribuição de panfletos da JCP num centro comercial cheio de seguranças em alerta? O objectivo é fazer chegar o documento às mãos do maior número de funcionários possível e procurar passar a mensagem. Não se trata de um jogo de computador, mas de uma missão real e importante, pela mensagem e a informação que é transmitida. Em primeiro lugar, há que tentam conciliar os horários dos militantes para fazer a distribuição de manhã, numa hora em que haja poucos clientes, para que haja oportunidade para manter uma conversa. Segundo, é preciso ser prevenido e levar os papéis num saco para se tornarem discretos. Depois é apenas confiar na experiência e na força dos argumentos.
Entram numa loja, dirigem-se ao balcão e aí tiram o panfleto e dão-no à mão do trabalhador. Depois perguntam quantas pessoas trabalham ali e se podem deixar documentos para o resto dos colegas. «No Norte Shopping, foi um trabalhador que pediu para deixar mais documentos para os funcionários que não estavam presentes», recorda João Tiago Silva.
Uma força diferente
«Há aquelas pessoas que ficam contentes por nos ver e que até comentam: “Olá, cá estão outra vez!” Reconhecem que somos praticamente a única organização que se interessa pela situação deles. Nas lojas mais pequenas podemos conversar um bocadinho com as pessoas; nas maiores, tipo Zara, é mais complicado até porque os empregados têm medo de aceitar os folhetos sem falar com o gerente», conta Ricardo Santos.
Mas nem sempre é assim. «Numa loja no Norte Shopping, não queriam aceitar. “Aqui não há comunistas”, disse um empregado. Nesses casos, com calma, explicamos que o documento é só para ler, que não tem doenças. As pessoas têm dificuldade de entender que estamos ali por elas. Pelo menos vêem que estamos lá e, quando se queixarem de alguma coisa, não podem dizer que ninguém se importa. Só isso já é um ponto positivo. Mas uma pessoa que à partida não está receptiva muito dificilmente muda a sua opinião só com um documento. Mesmo entrar em diálogo, nesses casos, é difícil», explica.
Receber respostas deste tipo não é fácil nem agradável, mas todos sabem que isso pode acontecer. «Se formos abaixo com estas coisas, não podemos ser comunistas. As dificuldades são intensas em todos os aspectos. Há uma descrença muito grande na política e no que fazem os políticos e há tendência para a generalização. Isso também afecta os jovens. Mesmo os que são interessados, deixaram de acreditar. Parte do nosso trabalho é mostrar que não é bem assim, que há pessoas que se preocupam com eles e que efectivamente há pelo menos uma força diferente», acrescenta Ricardo.
Entram numa loja, dirigem-se ao balcão e aí tiram o panfleto e dão-no à mão do trabalhador. Depois perguntam quantas pessoas trabalham ali e se podem deixar documentos para o resto dos colegas. «No Norte Shopping, foi um trabalhador que pediu para deixar mais documentos para os funcionários que não estavam presentes», recorda João Tiago Silva.
Uma força diferente
«Há aquelas pessoas que ficam contentes por nos ver e que até comentam: “Olá, cá estão outra vez!” Reconhecem que somos praticamente a única organização que se interessa pela situação deles. Nas lojas mais pequenas podemos conversar um bocadinho com as pessoas; nas maiores, tipo Zara, é mais complicado até porque os empregados têm medo de aceitar os folhetos sem falar com o gerente», conta Ricardo Santos.
Mas nem sempre é assim. «Numa loja no Norte Shopping, não queriam aceitar. “Aqui não há comunistas”, disse um empregado. Nesses casos, com calma, explicamos que o documento é só para ler, que não tem doenças. As pessoas têm dificuldade de entender que estamos ali por elas. Pelo menos vêem que estamos lá e, quando se queixarem de alguma coisa, não podem dizer que ninguém se importa. Só isso já é um ponto positivo. Mas uma pessoa que à partida não está receptiva muito dificilmente muda a sua opinião só com um documento. Mesmo entrar em diálogo, nesses casos, é difícil», explica.
Receber respostas deste tipo não é fácil nem agradável, mas todos sabem que isso pode acontecer. «Se formos abaixo com estas coisas, não podemos ser comunistas. As dificuldades são intensas em todos os aspectos. Há uma descrença muito grande na política e no que fazem os políticos e há tendência para a generalização. Isso também afecta os jovens. Mesmo os que são interessados, deixaram de acreditar. Parte do nosso trabalho é mostrar que não é bem assim, que há pessoas que se preocupam com eles e que efectivamente há pelo menos uma força diferente», acrescenta Ricardo.