Eleições agendadas na Bolívia
Os deputados da Bolívia aprovaram, segunda-feira, um decreto que estabelece o próximo dia 18 de Dezembro como a data das eleições no país.
Após mais de uma semana de impasse, a sessão parlamentar pode finalmente realizar-se, mas uma vez ultrapassada a falta de quorum, permanecem as divergências de fundo que agravam a crise política.
Na base da contestação dos parlamentares eleitos pela província de Santa Cruz está a proposta de redistribuição de lugares pelas regiões, argumento apontado por organizações políticas e sindicais como um pretexto para que os oligarcas bolivianos mantenham o poder impedindo o sufrágio.
Em comunicado datado de 30 de Outubro, o PC da Bolívia alertava para o perigo de «uma interrupção do processo democrático», não só através da «chantagem regionalista ao serviço do capital transnacional» como também por via de «propaganda que, aparentando apoio a uma candidatura popular, semeia temores e confusão».
Os comunistas consideraram ainda «um acto contra a soberania» a entrega de mísseis das forças armadas bolivianas ao Pentágono com o pretexto de se encontrarem obsoletos. Tal revela, explicam no texto, que a mudança política que se prevê após as eleições pode encontrar-se ameaçada, facto agravado pelo estabelecimento de uma base militar norte-americana a cerca de 250 quilómetros da Bolívia.
Após mais de uma semana de impasse, a sessão parlamentar pode finalmente realizar-se, mas uma vez ultrapassada a falta de quorum, permanecem as divergências de fundo que agravam a crise política.
Na base da contestação dos parlamentares eleitos pela província de Santa Cruz está a proposta de redistribuição de lugares pelas regiões, argumento apontado por organizações políticas e sindicais como um pretexto para que os oligarcas bolivianos mantenham o poder impedindo o sufrágio.
Em comunicado datado de 30 de Outubro, o PC da Bolívia alertava para o perigo de «uma interrupção do processo democrático», não só através da «chantagem regionalista ao serviço do capital transnacional» como também por via de «propaganda que, aparentando apoio a uma candidatura popular, semeia temores e confusão».
Os comunistas consideraram ainda «um acto contra a soberania» a entrega de mísseis das forças armadas bolivianas ao Pentágono com o pretexto de se encontrarem obsoletos. Tal revela, explicam no texto, que a mudança política que se prevê após as eleições pode encontrar-se ameaçada, facto agravado pelo estabelecimento de uma base militar norte-americana a cerca de 250 quilómetros da Bolívia.