Uma candidatura diferente
A candidatura do PCP às eleições presidenciais de 22 de Janeiro é «uma candidatura diferente que se assume com total transparência e consequentemente contra a política de direita», afirmou, na semana passada, em Almada e Setúbal, o candidato presidencial Jerónimo de Sousa.
Não basta às outras candidaturas afirmarem-se de esquerda
Participando em iniciativas em Almada e Setúbal – respectivamente na quinta-feira e no sábado –, Jerónimo de Sousa reafirmou que a candidatura do Partido se apresenta na campanha com as «mesmas possibilidades e em igualdade de circunstâncias em relação a qualquer outra candidatura». E as sondagens não são de fiar, realçou, pois muitas delas são «feitas por encomenda e com objectivos muito pouco sérios de promoção de certos candidatos», como se viu nas autárquicas. Assim, considerou, «nem Cavaco Silva já ganhou como querem fazer crer, nem os votos que são atribuídos a cada um dos outros candidatos reflectem a realidade das opções eleitorais dos portugueses».
Para Jerónimo de Sousa, os resultados das eleições autárquicas – que confirmaram e reforçaram a CDU como grande força autárquica – mostraram que é possível crescer e vencer «contando apenas com o esforço abnegado dos militantes e simpatizantes do PCP e dos activistas da CDU».
Para derrotar o candidato dos partidos da direita, prosseguiu o dirigente comunista, «muito há a fazer nos três meses que temos pela frente para esclarecer a natureza da sua candidatura e o que representaria a sua presença na Presidência da República». Esmiuçando esta ideia, o secretário-geral do PCP afirmou ser clara a existência de uma «muito bem planeada campanha» de branqueamento do seu passado de governante «ao serviço dos grandes interesses e do processo de recuperação capitalista». Para o candidato comunista, é claro que Cavaco Silva seria, se fosse eleito, «não, como diz, uma ajuda à solução dos problemas dos portugueses, mas o “ponta de lança” dos grandes interesses na Presidência».
Não basta dizer-se de esquerda…
Se é Cavaco Silva o candidato que é necessário derrotar nas eleições presidenciais, destacou Jerónimo de Sousa, também é preciso dizer «em relação a outros candidatos que se dizem de esquerda que não chega afirmarem-se como tal, é necessário que se assumam de facto».
Para o secretário-geral comunista, e candidato à presidência, «há quem se apresente agora muito preocupado com a crise e com a descrença dos portugueses como se não tivessem nada a ver com tal situação». Jerónimo de Sousa questiona: «Onde estavam aqueles que assim falam, quando o seu partido no governo executava as políticas que estão na origem da crise e da descrença dos portugueses? Não tinham o seu apoio público e no parlamento?»
O candidato comunista destaca como sintomáticas as declarações de Manuel Alegre, acerca da pretensa necessidade de um «pacto económico e social» com o Governo, os partidos, os sindicatos, as associações patronais e os municípios para definir as diversas políticas para o País». Jerónimo de Sousa acusou Manuel Alegre de pretender criar uma ilusão – a de que era possível «com o beneplácito do grande patronato e dos partidos que até hoje têm governado o País», encontrar uma solução que resolva os problemas dos portugueses. Ou seja, a ilusão de que «é possível a mudança sem uma ruptura com as políticas de direita».
Para o secretário-geral comunista, a apresentação do Orçamento de Estado do Governo PS deve constituir um importante momento de clarificação por parte das diferentes candidaturas. E desafiou-as a dizer claramente o que pensam relativamente às medidas constantes no orçamento. Em seguida, respondeu ao seu próprio apelo (ver peças das páginas 5, 6 e 7).
Alemanha
O único candidato verdadeiramente de Esquerda
Os comunistas portugueses na Alemanha apelam aos emigrantes nacionais naquele país para que apoiem a candidatura de Jerónimo de Sousa para a presidência da República. Em comunicado do Organismo de Direcção do Partido na Alemanha, os comunistas afirmam que o secretário-geral do PCP é o «único candidato verdadeiramente de esquerda» concorrente às eleições.
O organismo de direcção do PCP na Alemanha garante que Jerónimo de Sousa é o candidato que não «sacrificará a independência e a soberania nacionais nem os direitos das comunidades aos interesses das grandes potências da União Europeia, nem ao chamado pacto de estabilidade que em toda a Europa tem provocado o desemprego e a miséria de milhões de trabalhadores». A candidatura do PCP, afirmam, «opõe-se consequentemente ao envolvimento de Portugal em guerras e ocupações militares contrárias à Constituição da República Portuguesa e à Revolução de Abril».
Para os emigrantes comunistas naquele país da Europa, apoiar Jerónimo de Sousa é a forma mais consequente de demonstrar o desacordo com a política das forças que «há dezenas de anos em sucessivos governos têm vindo a destruir as conquistas do 25 de Abril». E é também, lembram, «lutar por um Portugal melhor para os portugueses de hoje e para as gerações vindouras».
Beja
Escolhido o mandatário
Em todo o País reúnem-se apoios à candidatura do secretário-geral do PCP à presidência da República. Para além dos apoios nacionais que o Avante! publicou na passada edição (e outros que todos os dias se vão juntando à candidatura do PCP), também nas regiões e concelhos se reúnem apoios à candidatura de Jerónimo de Sousa e se formam comissões de apoio. De Beja, através de uma nota à comunicação social da direcção da organização regional, chega a informação de que foi já escolhido o mandatário regional da candidatura de Jerónimo de Sousa: o antigo deputado do PCP, Rodeia Machado.
No quadro partidário – e também num quadro mais alargado, a partir das estruturas que compunham a CDU – começaram já, em todos os concelhos da região, reuniões para planificar as acções de esclarecimento para as eleições presidenciais de 22 de Janeiro, informa a BORBE. «Os comunistas e outros democratas que se revêem nesta candidatura mobilizam-se desde já para uma grande votação em Jerónimo de Sousa nas próximas eleições presidenciais», contribuindo assim para a derrota do candidato apoiado pelos partidos da direita.
Para Jerónimo de Sousa, os resultados das eleições autárquicas – que confirmaram e reforçaram a CDU como grande força autárquica – mostraram que é possível crescer e vencer «contando apenas com o esforço abnegado dos militantes e simpatizantes do PCP e dos activistas da CDU».
Para derrotar o candidato dos partidos da direita, prosseguiu o dirigente comunista, «muito há a fazer nos três meses que temos pela frente para esclarecer a natureza da sua candidatura e o que representaria a sua presença na Presidência da República». Esmiuçando esta ideia, o secretário-geral do PCP afirmou ser clara a existência de uma «muito bem planeada campanha» de branqueamento do seu passado de governante «ao serviço dos grandes interesses e do processo de recuperação capitalista». Para o candidato comunista, é claro que Cavaco Silva seria, se fosse eleito, «não, como diz, uma ajuda à solução dos problemas dos portugueses, mas o “ponta de lança” dos grandes interesses na Presidência».
Não basta dizer-se de esquerda…
Se é Cavaco Silva o candidato que é necessário derrotar nas eleições presidenciais, destacou Jerónimo de Sousa, também é preciso dizer «em relação a outros candidatos que se dizem de esquerda que não chega afirmarem-se como tal, é necessário que se assumam de facto».
Para o secretário-geral comunista, e candidato à presidência, «há quem se apresente agora muito preocupado com a crise e com a descrença dos portugueses como se não tivessem nada a ver com tal situação». Jerónimo de Sousa questiona: «Onde estavam aqueles que assim falam, quando o seu partido no governo executava as políticas que estão na origem da crise e da descrença dos portugueses? Não tinham o seu apoio público e no parlamento?»
O candidato comunista destaca como sintomáticas as declarações de Manuel Alegre, acerca da pretensa necessidade de um «pacto económico e social» com o Governo, os partidos, os sindicatos, as associações patronais e os municípios para definir as diversas políticas para o País». Jerónimo de Sousa acusou Manuel Alegre de pretender criar uma ilusão – a de que era possível «com o beneplácito do grande patronato e dos partidos que até hoje têm governado o País», encontrar uma solução que resolva os problemas dos portugueses. Ou seja, a ilusão de que «é possível a mudança sem uma ruptura com as políticas de direita».
Para o secretário-geral comunista, a apresentação do Orçamento de Estado do Governo PS deve constituir um importante momento de clarificação por parte das diferentes candidaturas. E desafiou-as a dizer claramente o que pensam relativamente às medidas constantes no orçamento. Em seguida, respondeu ao seu próprio apelo (ver peças das páginas 5, 6 e 7).
Alemanha
O único candidato verdadeiramente de Esquerda
Os comunistas portugueses na Alemanha apelam aos emigrantes nacionais naquele país para que apoiem a candidatura de Jerónimo de Sousa para a presidência da República. Em comunicado do Organismo de Direcção do Partido na Alemanha, os comunistas afirmam que o secretário-geral do PCP é o «único candidato verdadeiramente de esquerda» concorrente às eleições.
O organismo de direcção do PCP na Alemanha garante que Jerónimo de Sousa é o candidato que não «sacrificará a independência e a soberania nacionais nem os direitos das comunidades aos interesses das grandes potências da União Europeia, nem ao chamado pacto de estabilidade que em toda a Europa tem provocado o desemprego e a miséria de milhões de trabalhadores». A candidatura do PCP, afirmam, «opõe-se consequentemente ao envolvimento de Portugal em guerras e ocupações militares contrárias à Constituição da República Portuguesa e à Revolução de Abril».
Para os emigrantes comunistas naquele país da Europa, apoiar Jerónimo de Sousa é a forma mais consequente de demonstrar o desacordo com a política das forças que «há dezenas de anos em sucessivos governos têm vindo a destruir as conquistas do 25 de Abril». E é também, lembram, «lutar por um Portugal melhor para os portugueses de hoje e para as gerações vindouras».
Beja
Escolhido o mandatário
Em todo o País reúnem-se apoios à candidatura do secretário-geral do PCP à presidência da República. Para além dos apoios nacionais que o Avante! publicou na passada edição (e outros que todos os dias se vão juntando à candidatura do PCP), também nas regiões e concelhos se reúnem apoios à candidatura de Jerónimo de Sousa e se formam comissões de apoio. De Beja, através de uma nota à comunicação social da direcção da organização regional, chega a informação de que foi já escolhido o mandatário regional da candidatura de Jerónimo de Sousa: o antigo deputado do PCP, Rodeia Machado.
No quadro partidário – e também num quadro mais alargado, a partir das estruturas que compunham a CDU – começaram já, em todos os concelhos da região, reuniões para planificar as acções de esclarecimento para as eleições presidenciais de 22 de Janeiro, informa a BORBE. «Os comunistas e outros democratas que se revêem nesta candidatura mobilizam-se desde já para uma grande votação em Jerónimo de Sousa nas próximas eleições presidenciais», contribuindo assim para a derrota do candidato apoiado pelos partidos da direita.