Troca prejudica estudantes
A Escola D. João de Castro, situada num dos locais mais bonitos de Lisboa, tem boas condições pedagógicas. O Ministério da Educação pretende transferi-la para outra instituição com poucas condições. Estudantes, professores e pais estão contra.
Esta zona é uma das mais procuradas para condomínios e hotéis de luxo
O Ministério da Educação pretende transferir os professores e alunos da Escola Secundária D. João de Castro para as instalações da Escola Secundária Fonseca Benevides, fundindo estas duas instituições de Alcântara, em Lisboa. A decisão é contestada por estudantes, docentes, funcionários não docentes e encarregados de educação, que manifestam preocupação com a «significativa perda de qualidade das condições pedagógicas» e com a perda de diversidade de oferta de áreas curriculares.
O abaixo-assinado dirigido à ministra da Educação refere que, em caso de fusão, a Escola D. João de Castro poderá albergar facilmente a comunidade da Escola Fonseca Benevides devido às suas boas condições materiais, e não o contrário.
«É conhecido o mau estado de conservação do edifício mais que centenário da Escola Fonseca Benevides, a exiguidade das suas instalações, a necessidade de obras de consolidação da estrutura e de restauro no seu interior e a ausência de um espaço de recreio amplo para os alunos», afirma o documento.
Pelo contrário, a Escola D. João de Castro possui um bom Centro de Recursos Educativos – no qual o Ministério da Educação investiu recentemente somas avultadas – e um óptimo refeitório com a cozinha inteiramente refeita e equipada. Foram feitas obras recentemente para corrigir deficiências nos esgotos e construir uma sala especial para as Tecnologias da Informação e Comunicação, com equipamento informático.
A distribuição dos espaços interiores é adequada, já que a escola foi concebida de raiz, com salas de aula amplas e bem iluminadas, com laboratórios e outros equipamentos, podendo funcionar em pleno com 800 alunos.
«Uma visita à Escola pela senhora ministra poderá elucidá-la melhor acerca das condições», lê-se no abaixo-assinado.
Zona de hotéis de luxo
A Escola D. João de Castro alberga há muitos anos a opção «Desporto» nos cursos gerais do Secundário e, mais recentemente, o Curso Tecnológico de Desporto, sendo a única instituição da Área Pedagógica 1 com esta opção. Tudo porque possui bons espaços desportivos, entre eles um pavilhão renovado e vários campos de jogos.
Esta instituição «tem levado a cabo o seu projecto educativo próprio, tem planificado e executado planos de actividade que demonstram dinamismo e inserção na comunidade circundante e tem tido bons resultados dos seus alunos, nomeadamente nos exames nacionais do 12.º ano», salientam os abaixo-assinados, lembrando que, caso a D. João for integrada na Fonseca Benevides, os alunos que estão nas turmas de «Desporto» não poderão ser transferidos, «pois não existem condições pedagógicas para ministrar tal curso» na segunda instituição.
«As obras necessárias na D. João de Castro para receber a comunidade escolar da Fonseca Benevides seriam menos complexas e de menor custo do que as necessárias no caso contrário», sublinham, destacando que todos os alunos irão perder instalações de boa qualidade.
A Escola D. João de Castro funciona desde 1949 no cimo da colina do Alto de Santo Amaro, num local calmo, espaçoso, rodeado por árvores e com vista sobre a o rio Tejo e a margem sul. Esta zona de Alcântara é actualmente uma das mais procuradas para a construção de hotéis de luxo e condomínios fechados. Na próxima década prevê-se o crescimento da população em Alcântara e na Ajuda, em especial das camadas etárias com filhos.
O abaixo-assinado dirigido à ministra da Educação refere que, em caso de fusão, a Escola D. João de Castro poderá albergar facilmente a comunidade da Escola Fonseca Benevides devido às suas boas condições materiais, e não o contrário.
«É conhecido o mau estado de conservação do edifício mais que centenário da Escola Fonseca Benevides, a exiguidade das suas instalações, a necessidade de obras de consolidação da estrutura e de restauro no seu interior e a ausência de um espaço de recreio amplo para os alunos», afirma o documento.
Pelo contrário, a Escola D. João de Castro possui um bom Centro de Recursos Educativos – no qual o Ministério da Educação investiu recentemente somas avultadas – e um óptimo refeitório com a cozinha inteiramente refeita e equipada. Foram feitas obras recentemente para corrigir deficiências nos esgotos e construir uma sala especial para as Tecnologias da Informação e Comunicação, com equipamento informático.
A distribuição dos espaços interiores é adequada, já que a escola foi concebida de raiz, com salas de aula amplas e bem iluminadas, com laboratórios e outros equipamentos, podendo funcionar em pleno com 800 alunos.
«Uma visita à Escola pela senhora ministra poderá elucidá-la melhor acerca das condições», lê-se no abaixo-assinado.
Zona de hotéis de luxo
A Escola D. João de Castro alberga há muitos anos a opção «Desporto» nos cursos gerais do Secundário e, mais recentemente, o Curso Tecnológico de Desporto, sendo a única instituição da Área Pedagógica 1 com esta opção. Tudo porque possui bons espaços desportivos, entre eles um pavilhão renovado e vários campos de jogos.
Esta instituição «tem levado a cabo o seu projecto educativo próprio, tem planificado e executado planos de actividade que demonstram dinamismo e inserção na comunidade circundante e tem tido bons resultados dos seus alunos, nomeadamente nos exames nacionais do 12.º ano», salientam os abaixo-assinados, lembrando que, caso a D. João for integrada na Fonseca Benevides, os alunos que estão nas turmas de «Desporto» não poderão ser transferidos, «pois não existem condições pedagógicas para ministrar tal curso» na segunda instituição.
«As obras necessárias na D. João de Castro para receber a comunidade escolar da Fonseca Benevides seriam menos complexas e de menor custo do que as necessárias no caso contrário», sublinham, destacando que todos os alunos irão perder instalações de boa qualidade.
A Escola D. João de Castro funciona desde 1949 no cimo da colina do Alto de Santo Amaro, num local calmo, espaçoso, rodeado por árvores e com vista sobre a o rio Tejo e a margem sul. Esta zona de Alcântara é actualmente uma das mais procuradas para a construção de hotéis de luxo e condomínios fechados. Na próxima década prevê-se o crescimento da população em Alcântara e na Ajuda, em especial das camadas etárias com filhos.