MAIO DOS TRABALHADORES
«Este 1º de Maio correu mundo e em todo o lado deixou sinais de lutas futuras»
De todo o mundo chegam notícias de Maio e de luta. E mais chegarão, porque este lº de Maio correu mundo e em todo o lado deixou sinais de lutas futuras.
Milhões, muitos milhões de pessoas, em centenas de cidades, vieram para as ruas comemorar o Dia Mundial do Trabalhador e fazendo das comemorações impressionantes jornadas de luta. Nos Estados Unidos da América – onde, sublinhe-se, o Dia do Trabalhador, que ali teve a sua origem há cento e vinte anos, não é feriado - assistiu-se ao maior lº de Maio de sempre: em mais de 60 cidades, centenas e centenas de milhar de trabalhadores, de estudantes, de comerciantes – imigrantes e autóctones - não foram trabalhar, não foram às escolas, fecharam as suas lojas e comemoraram Maio em luta. Em Caracas era mais de um milhão, tal como em Havana. E eram mais de três milhões em várias cidades do Brasil. Na Rússia, também mais de um milhão de trabalhadores, correspondendo ao apelo do partido comunista, ocupou as ruas de várias cidades lutando pelos seus direitos e contra as desigualdades e a pobreza. Em mais de uma centena de cidades francesas, centenas de milhar de trabalhadores e de estudantes, fizeram do lº de Maio, não apenas um dia de luta pelos seus direitos, mas também a festa da vitória na luta contra o Contrato de Primeiro Emprego. Em Berlim, mais de meio milhão de trabalhadores protestaram contra os projectos de desmantelamento dos sistemas de protecção social estatais. Em Roma, e em Londres, e em Varsóvia, e em Madrid, e em muitas outras cidades de vários outros países, centenas e centenas de milhar de trabalhadores clamaram pelos seus direitos e condenaram as políticas ao serviço dos interesses do grande capital. E a luta de Maio esteve na rua, em grandiosas manifestações, mesmo onde a repressão se fez sentir, caso da Turquia, onde, em várias cidades, dezenas de trabalhadores ficaram feridos na sequência das cargas policiais.
Foi o mundo do trabalho que esteve na rua em todo o mundo, mostrando a força poderosa de que dispõe, confirmando que tem nas suas mãos o seu futuro.
E em Portugal foi o que se viu: em meia centena de localidades, abarcando todos os distritos e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, uma multidão de trabalhadores respondeu ao apelo da CGTP-IN e trouxeram para as ruas os seus protestos, as suas reivindicações, a sua determinação de dar continuidade e intensificar a luta pela defesa dos seus direitos e interesses e contra a política de direita que há trinta anos vem flagelando a imensa maioria dos portugueses – assim confirmando, na prática, o grito de «Maio está na rua, a luta continua». E da generalidade dessas localidades chega a informação de que este lº de Maio foi um dos maiores dos últimos anos.
Assim foi em Lisboa, onde dezenas de milhar de trabalhadores desfilaram durante cerca de duas horas, gritando as suas palavras de ordem e empunhando panos e cartazes alusivos à situação do País e às práticas dessa calamidade nacional que é o Governo PS/Sócrates. Lá estavam os trabalhadores das empresas e sectores em luta; lá estavam, devidamente representadas, as múltiplas lutas das populações exigindo os centros de saúde, as escolas, as maternidades; lá estavam os reformados clamando pelo legítimo direito de «envelhecer com dignidade»; lá estavam os jovens da Interjovem exigindo «emprego, salários, direitos» e anunciando um «combate sem tréguas à precariedade»: lá estavam os trabalhadores – homens, mulheres e jovens - que, a curto prazo, integrarão a luta – todos sabendo que a luta é necessária e vale a pena, todos dizendo que a luta por uma nova política continua, com os trabalhadores da Administração Pública anunciando a sua manifestação nacional no dia 19, com o anúncio da convergência das lutas numa próxima jornada comum de âmbito nacional (e, a talhe de foice, assinale-se: lá estavam, também, partidariamente identificados – no habitual desrespeito pelo carácter não partidário da manifestação - os habituais artistas do BE procedendo à sua habitual actuação propagandística, fazendo lembrar aqueles pássaros preguiçosos que põem os ovos nos ninhos alheios e, como habitualmente, tentando, debalde, partira manifestação e, como habitualmente, logo que cumprida a missão, enrolando a propaganda e indo à vida deles – precisamente quando intervinha o secretário-geral da CGTP).
Nas ruas e praças de meia centena de localidades, os trabalhadores portugueses, conscientes de que têm no Governo PS/Sócrates um inimigo que não olha a meios para atingir os seus fins – o governo que, nestas três décadas de política de direita, é o que mais fiel e servilmente cumpre os ditames do grande capital - deixaram clara a sua disposição de luta. Luta em todas as frentes e em todas as áreas: contra o encerramento de empresas e mais despedimentos; contra o flagelo do desemprego e a aberração social da precariedade; contra os aumentos dos bens essenciais e por melhores salários; por um salário mínimo de 500 euros; pelo direito à contratação colectiva; contra os ataques aos sistemas públicos de Segurança Social, Saúde e Ensino – enfim, exigindo direitos humanos tão naturais que a necessidade de lutar por eles é bem demonstrativa do conteúdo anti-social e anti-democrático da política do Governo PS/Sócrates.
E nessas dezenas de manifestações e concentrações era, ainda e sempre, a memória de Abril que estava presente – Abril da liberdade, da democracia, da modernidade – por isso do futuro; Abril dos trabalhadores, do povo e do País – por isso do progresso. E é, ainda e sempre por Abril, que a luta continuará. Até à vitória.
Milhões, muitos milhões de pessoas, em centenas de cidades, vieram para as ruas comemorar o Dia Mundial do Trabalhador e fazendo das comemorações impressionantes jornadas de luta. Nos Estados Unidos da América – onde, sublinhe-se, o Dia do Trabalhador, que ali teve a sua origem há cento e vinte anos, não é feriado - assistiu-se ao maior lº de Maio de sempre: em mais de 60 cidades, centenas e centenas de milhar de trabalhadores, de estudantes, de comerciantes – imigrantes e autóctones - não foram trabalhar, não foram às escolas, fecharam as suas lojas e comemoraram Maio em luta. Em Caracas era mais de um milhão, tal como em Havana. E eram mais de três milhões em várias cidades do Brasil. Na Rússia, também mais de um milhão de trabalhadores, correspondendo ao apelo do partido comunista, ocupou as ruas de várias cidades lutando pelos seus direitos e contra as desigualdades e a pobreza. Em mais de uma centena de cidades francesas, centenas de milhar de trabalhadores e de estudantes, fizeram do lº de Maio, não apenas um dia de luta pelos seus direitos, mas também a festa da vitória na luta contra o Contrato de Primeiro Emprego. Em Berlim, mais de meio milhão de trabalhadores protestaram contra os projectos de desmantelamento dos sistemas de protecção social estatais. Em Roma, e em Londres, e em Varsóvia, e em Madrid, e em muitas outras cidades de vários outros países, centenas e centenas de milhar de trabalhadores clamaram pelos seus direitos e condenaram as políticas ao serviço dos interesses do grande capital. E a luta de Maio esteve na rua, em grandiosas manifestações, mesmo onde a repressão se fez sentir, caso da Turquia, onde, em várias cidades, dezenas de trabalhadores ficaram feridos na sequência das cargas policiais.
Foi o mundo do trabalho que esteve na rua em todo o mundo, mostrando a força poderosa de que dispõe, confirmando que tem nas suas mãos o seu futuro.
E em Portugal foi o que se viu: em meia centena de localidades, abarcando todos os distritos e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, uma multidão de trabalhadores respondeu ao apelo da CGTP-IN e trouxeram para as ruas os seus protestos, as suas reivindicações, a sua determinação de dar continuidade e intensificar a luta pela defesa dos seus direitos e interesses e contra a política de direita que há trinta anos vem flagelando a imensa maioria dos portugueses – assim confirmando, na prática, o grito de «Maio está na rua, a luta continua». E da generalidade dessas localidades chega a informação de que este lº de Maio foi um dos maiores dos últimos anos.
Assim foi em Lisboa, onde dezenas de milhar de trabalhadores desfilaram durante cerca de duas horas, gritando as suas palavras de ordem e empunhando panos e cartazes alusivos à situação do País e às práticas dessa calamidade nacional que é o Governo PS/Sócrates. Lá estavam os trabalhadores das empresas e sectores em luta; lá estavam, devidamente representadas, as múltiplas lutas das populações exigindo os centros de saúde, as escolas, as maternidades; lá estavam os reformados clamando pelo legítimo direito de «envelhecer com dignidade»; lá estavam os jovens da Interjovem exigindo «emprego, salários, direitos» e anunciando um «combate sem tréguas à precariedade»: lá estavam os trabalhadores – homens, mulheres e jovens - que, a curto prazo, integrarão a luta – todos sabendo que a luta é necessária e vale a pena, todos dizendo que a luta por uma nova política continua, com os trabalhadores da Administração Pública anunciando a sua manifestação nacional no dia 19, com o anúncio da convergência das lutas numa próxima jornada comum de âmbito nacional (e, a talhe de foice, assinale-se: lá estavam, também, partidariamente identificados – no habitual desrespeito pelo carácter não partidário da manifestação - os habituais artistas do BE procedendo à sua habitual actuação propagandística, fazendo lembrar aqueles pássaros preguiçosos que põem os ovos nos ninhos alheios e, como habitualmente, tentando, debalde, partira manifestação e, como habitualmente, logo que cumprida a missão, enrolando a propaganda e indo à vida deles – precisamente quando intervinha o secretário-geral da CGTP).
Nas ruas e praças de meia centena de localidades, os trabalhadores portugueses, conscientes de que têm no Governo PS/Sócrates um inimigo que não olha a meios para atingir os seus fins – o governo que, nestas três décadas de política de direita, é o que mais fiel e servilmente cumpre os ditames do grande capital - deixaram clara a sua disposição de luta. Luta em todas as frentes e em todas as áreas: contra o encerramento de empresas e mais despedimentos; contra o flagelo do desemprego e a aberração social da precariedade; contra os aumentos dos bens essenciais e por melhores salários; por um salário mínimo de 500 euros; pelo direito à contratação colectiva; contra os ataques aos sistemas públicos de Segurança Social, Saúde e Ensino – enfim, exigindo direitos humanos tão naturais que a necessidade de lutar por eles é bem demonstrativa do conteúdo anti-social e anti-democrático da política do Governo PS/Sócrates.
E nessas dezenas de manifestações e concentrações era, ainda e sempre, a memória de Abril que estava presente – Abril da liberdade, da democracia, da modernidade – por isso do futuro; Abril dos trabalhadores, do povo e do País – por isso do progresso. E é, ainda e sempre por Abril, que a luta continuará. Até à vitória.