Garantir o pluralismo político e ideológico
Na passagem do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o PCP propõe ao povo português a existência de uma comunicação social e pluralista, democrática e responsável.
Instrumento de influência e de poder político, social, económico e ideológico
Em conferência de imprensa, realizada ontem, quarta-feira, Margarida Botelho, da Comissão Política do PCP, começou por saudar os jornalistas e demais profissionais da comunicação social.
Na sua intervenção, a comunista acentuou que a garantia da liberdade de imprensa pressupõe o reconhecimento dos direitos materiais e morais dos jornalistas e o respeito pelos seus princípios éticos e manifestou grande preocupação com a multiplicação de casos entretanto conhecidos, de violação de direitos e de degradação das condições de trabalho de profissionais, nomeadamente de jovens estagiários e jornalistas.
Em concreto, a Comissão Política do Comité Central do PCP denunciou, nomeadamente, «a substituição ilegal de jornalistas por estudantes», «a flexibilização laboral e a polivalência funcional», «a generalização da precariedade, dos recibos verdes e dos contratos a termo», «os baixos salários», «a fuga ao pagamento à Segurança Social», «a redução dos salários reais» e a «discricionaridade nos aumentos».
«Não estão a ser salvaguardadas condições objectivas para o exercício da profissão de jornalista, que se traduzem em menor capacidade reivindicativa da classe e que ameaçam a própria liberdade de imprensa», afirmou a dirigente comunista, sublinhando que os profissionais deste sector «podem contar com o PCP, não apenas para a defesa dos seus direitos e estatuto profissional, como para a denúncia destas situações».
Concentração dos media
Margarida Botelho constatou ainda que os avanços tecnológicos verificados potenciam grandes progressos ao nível da circulação da informação, «mas a concentração dos meios que se tem verificado não permite o aproveitamento pleno dessas potencialidades por parte dos jornalistas e da população em geral».
«O quotidiano evidencia que a concentração dos media numa minoria de grandes grupos económicos põe em causa o pluralismo, a liberdade de expressão, a liberdade de acesso à informação e a liberdade de emprego dos jornalistas e de outros profissionais da comunicação social, configurando as denuncias e preocupações que o PCP vem manifestando ao longo dos tempos», disse, informando que esta situação está a agravar-se, «dado que estes grupos detêm não só dezenas de títulos em vários suportes, como estendem a sua influência monopolista a outros domínios, como a publicidade, a edição, a distribuição, as telecomunicações, entre outros».
Sobre este ponto, Margarida Botelho disse ainda que a comunicação social é sem dúvida um grande e lucrativo negócio para os seus grandes proprietários, «sobretudo por constituir um instrumento de influência e de poder político, social, económico e ideológico, que a sua concentração nas mãos do grande capital se revela um preocupante factor de empobrecimento democrático».
Interesses políticos
O PCP chamou ainda a atenção para a particular gravidade do processo que rodeou a criação da Entidade Reguladora da Comunicação Social.
«Trata-se de um negócio celebrado entre o PS e o PSD, para repartirem entre si o monopólio da regulação do sector, deitando por terra quaisquer expectativas que pudessem existir quanto à possibilidade de constituição de um órgão que desse as garantias de independência, idoneidade e credibilidade indispensáveis para a regulação de um sector profundamente ameaçado por interesses de natureza comercial e de controlo político», denunciou Margarida Botelho, anunciando a realização de uma iniciativa sobre «Jornalismo, Grupos Económicos e Democracia», aberta à participação de todos os jornalistas, profissionais e académicos, a realizar em Novembro.
Na sua intervenção, a comunista acentuou que a garantia da liberdade de imprensa pressupõe o reconhecimento dos direitos materiais e morais dos jornalistas e o respeito pelos seus princípios éticos e manifestou grande preocupação com a multiplicação de casos entretanto conhecidos, de violação de direitos e de degradação das condições de trabalho de profissionais, nomeadamente de jovens estagiários e jornalistas.
Em concreto, a Comissão Política do Comité Central do PCP denunciou, nomeadamente, «a substituição ilegal de jornalistas por estudantes», «a flexibilização laboral e a polivalência funcional», «a generalização da precariedade, dos recibos verdes e dos contratos a termo», «os baixos salários», «a fuga ao pagamento à Segurança Social», «a redução dos salários reais» e a «discricionaridade nos aumentos».
«Não estão a ser salvaguardadas condições objectivas para o exercício da profissão de jornalista, que se traduzem em menor capacidade reivindicativa da classe e que ameaçam a própria liberdade de imprensa», afirmou a dirigente comunista, sublinhando que os profissionais deste sector «podem contar com o PCP, não apenas para a defesa dos seus direitos e estatuto profissional, como para a denúncia destas situações».
Concentração dos media
Margarida Botelho constatou ainda que os avanços tecnológicos verificados potenciam grandes progressos ao nível da circulação da informação, «mas a concentração dos meios que se tem verificado não permite o aproveitamento pleno dessas potencialidades por parte dos jornalistas e da população em geral».
«O quotidiano evidencia que a concentração dos media numa minoria de grandes grupos económicos põe em causa o pluralismo, a liberdade de expressão, a liberdade de acesso à informação e a liberdade de emprego dos jornalistas e de outros profissionais da comunicação social, configurando as denuncias e preocupações que o PCP vem manifestando ao longo dos tempos», disse, informando que esta situação está a agravar-se, «dado que estes grupos detêm não só dezenas de títulos em vários suportes, como estendem a sua influência monopolista a outros domínios, como a publicidade, a edição, a distribuição, as telecomunicações, entre outros».
Sobre este ponto, Margarida Botelho disse ainda que a comunicação social é sem dúvida um grande e lucrativo negócio para os seus grandes proprietários, «sobretudo por constituir um instrumento de influência e de poder político, social, económico e ideológico, que a sua concentração nas mãos do grande capital se revela um preocupante factor de empobrecimento democrático».
Interesses políticos
O PCP chamou ainda a atenção para a particular gravidade do processo que rodeou a criação da Entidade Reguladora da Comunicação Social.
«Trata-se de um negócio celebrado entre o PS e o PSD, para repartirem entre si o monopólio da regulação do sector, deitando por terra quaisquer expectativas que pudessem existir quanto à possibilidade de constituição de um órgão que desse as garantias de independência, idoneidade e credibilidade indispensáveis para a regulação de um sector profundamente ameaçado por interesses de natureza comercial e de controlo político», denunciou Margarida Botelho, anunciando a realização de uma iniciativa sobre «Jornalismo, Grupos Económicos e Democracia», aberta à participação de todos os jornalistas, profissionais e académicos, a realizar em Novembro.