Governo denuncia tentativa de golpe
O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, considerou que a situação criada no país nas duas últimas semanas tem como objectivo derrubar o governo através de um «golpe constitucional».
Em conferência de imprensa realizada no Palácio do Governo, Alkatiri esclareceu que as razões da manifestação convocada por ex-militares, no passado dia 24 de Abril, a qual acabaria por degenerar em confrontos violentos com as autoridades, quatro dias depois, nada tiveram a ver com os acontecimentos subsequentes.
Segundo o responsável governamental, ao protesto inicial juntaram-se elementos «infiltrados» com o propósito de forçar o presidente da República, Xanana Gusmão, a decidir-se pela dissolução do Parlamento, cuja maioria dos lugares está entregue ao partido de Alkatiri, a FRETILIN. Com a dissolução da câmara dos deputados, acrescentou Alkatiri, cairia também o governo.
A violência semeada nas ruas foi, na leitura do primeiro-ministro, a forma encontrada pelos «infiltrados» para criarem o caos e um alegado mau funcionamento das instituições democráticas e da administração pública do país. Em resultado dos conflitos, seis pessoas morreram e cerca de 82 ficaram feridas.
Na capital, Díli, mais de 70 por cento da população refugiou-se nas montanhas vizinhas da cidade, e a fronteira com a Indonésia registou um fluxo considerado anormal.
Dúvidas sobre o Congresso
Por confirmar está ainda a realização do congresso da FRETILIN, agendado para os próximos dias 17, 18 e 19.
Mari Alkatiri, que é também o secretário-geral da FRETILIN, considerou não existirem razões para adiar a assembleia do partido, embora tal decisão seja da responsabilidade do comité central do partido, sublinhou.
No congresso, o actual embaixador de Timor-Leste na ONU, Luís Guterres, e o ex-ministro Abel Ximenes, que se demitiu no decorrer da crise, são apontados como possíveis candidatos à liderança da formação política. Na hora de justificar a resignação do cargo, este último declarou pretender para a FRETILIN, que classificou de «retrógada», uma «cultura de debate» num partido «aberto ao século XXI».
«Coincidências»
Ainda no rescaldo da crise, o representante do governo de Díli em Macau, António Veladas, afirmou existirem «coincidências» estranhas em toda a situação.
Para Veladas, o exemplo paradigmático do clima de empolamento e contra-informação gerado dá-se quando, baseando-se em supostas informações veiculadas por Guterres em Nova Iorque, o departamento de Estado dos EUA decidiu fretar um voo para evacuar todos os cidadãos norte-americanos em Timor.
Segundo o responsável, quando tal foi decidido o clima já havia regressado à normalidade, sendo a decisão de Washington, entretanto suspensa, no mínimo «estranha».
Segundo o responsável governamental, ao protesto inicial juntaram-se elementos «infiltrados» com o propósito de forçar o presidente da República, Xanana Gusmão, a decidir-se pela dissolução do Parlamento, cuja maioria dos lugares está entregue ao partido de Alkatiri, a FRETILIN. Com a dissolução da câmara dos deputados, acrescentou Alkatiri, cairia também o governo.
A violência semeada nas ruas foi, na leitura do primeiro-ministro, a forma encontrada pelos «infiltrados» para criarem o caos e um alegado mau funcionamento das instituições democráticas e da administração pública do país. Em resultado dos conflitos, seis pessoas morreram e cerca de 82 ficaram feridas.
Na capital, Díli, mais de 70 por cento da população refugiou-se nas montanhas vizinhas da cidade, e a fronteira com a Indonésia registou um fluxo considerado anormal.
Dúvidas sobre o Congresso
Por confirmar está ainda a realização do congresso da FRETILIN, agendado para os próximos dias 17, 18 e 19.
Mari Alkatiri, que é também o secretário-geral da FRETILIN, considerou não existirem razões para adiar a assembleia do partido, embora tal decisão seja da responsabilidade do comité central do partido, sublinhou.
No congresso, o actual embaixador de Timor-Leste na ONU, Luís Guterres, e o ex-ministro Abel Ximenes, que se demitiu no decorrer da crise, são apontados como possíveis candidatos à liderança da formação política. Na hora de justificar a resignação do cargo, este último declarou pretender para a FRETILIN, que classificou de «retrógada», uma «cultura de debate» num partido «aberto ao século XXI».
«Coincidências»
Ainda no rescaldo da crise, o representante do governo de Díli em Macau, António Veladas, afirmou existirem «coincidências» estranhas em toda a situação.
Para Veladas, o exemplo paradigmático do clima de empolamento e contra-informação gerado dá-se quando, baseando-se em supostas informações veiculadas por Guterres em Nova Iorque, o departamento de Estado dos EUA decidiu fretar um voo para evacuar todos os cidadãos norte-americanos em Timor.
Segundo o responsável, quando tal foi decidido o clima já havia regressado à normalidade, sendo a decisão de Washington, entretanto suspensa, no mínimo «estranha».