A participação dos eleitos comunistas na Assembleia da República desenvolve-se numa instituição que actualmente pende para os interesses da burguesia. Esta situação, «não nos demite do compromisso de classe que assumimos», salientou Miguel Tiago Rosado, dirigente da JCP e deputado no Parlamento.

«Pelo contrário, o facto de trabalharmos afincadamente pelos direitos e pela libertação dos trabalhadores e da juventude dá-nos a responsabilidade de dignificar o nosso trabalho institucional e ter a capacidade de evidenciar as incapacidades dos partidos da burguesia perante os principais problemas das populações», sustentou.
Miguel Tiago defendeu que é através da denúncia dos problemas e da apresentação de propostas que o Grupo Parlamentar do PCP «expõe as principais contradições do sistema capitalista».

«Ao utilizar a participação parlamentar como um instrumento ao serviço do crescimento e da melhoria da intervenção do Partido e da JCP, garantimos que os jovens portugueses dispõem de mais um aliado nas suas lutas também ali, no plano institucional. Ao ligar o trabalho parlamentar às realidades concretas, ao ser capaz de percorrer o terreno e intervir sobre os mais variados problemas, o Partido e a JCP criam mais um espaço de dinamização da luta de massas, mais um meio para a luta da juventude», afirmou o deputado.