Recomendada alimentação saudável nas escolas
As batatas fritas, os refrigerantes com menos de 50 por cento de fruta, as tiras de milho, os rissóis, os croquetes, os folhados e os chocolates devem ser retirados dos bares e das máquinas de distribuição das escolas portuguesas do segundo e terceiro ciclos. Esta é a recomendação de um estudo elaborado por uma equipa da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, encomendado pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação.
O estudo aconselha que os produtos ricos em gordura e pobres em proteína sejam substituídos por alimentos como leite, iogurtes, sumos com mais de 50 por cento de fruta, batidos de fruta, pão de mistura, fruta e sandes de queijo ou fiambre de aves.
Em declarações à Lusa, Bela Franchini, especialista em nutrição e docente na Faculdade de Ciências da Nutrição, disse que o documento está nas mãos do Ministério da Educação, a quem caberá decidir a sua aplicação. O estudo envolveu 47 escolas básicas do segundo e terceiro ciclos do Porto no ano lectivo 2003/2004 e concluiu que um terço dos cerca de dois mil alunos consumiam quantidades de gordura superiores aos recomendados para a idade.
Para Bela Franchini, a solução passa por mudar o conteúdo das máquinas. «Sabemos que há falta de pessoal nas escolas e que as máquinas são muito práticas, mas devem ser as escolas a determinar o seu conteúdo e não as empresas de distribuição dos alimentos», sustentou.
Numa primeira fase, as recomendações deverão ser aplicadas nos bufetes e nas máquinas, mas posteriormente poderão ser alargadas às cantinas escolares, apesar de os alimentos aqui fornecidos serem mais equilibrados.
Um estudo de 2005 produzido pela Deco verificou que a maioria das refeições servidas nas cantinas escolares é equilibrada, embora algumas abusem da carne de vaca e de porco, de fritos e de doces. Os especialistas destacam como vantagem o facto de haver sopa em todas as ementas e 60 por cento das cantinas não servirem pizzas nem salgados.
Recentemente o Jornal Internacional de Obesidade Pediátrica revelou que as taxas de obesidade infantil vão crescer drasticamente até 2010. Calcula-se que, nessa data, cerca de 26 milhões de jovens da União Europeia sofram de excesso de peso ou obesidade. Dados da Comissão Europeia, divulgados no ano passado, indicam que Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso, juntamente com Malta, Espanha e Itália. Nestes quatro países, as taxas de sobrepeso e de obesidade excedem os 30 por cento nas crianças com idades entre os sete e os 11 anos.
O estudo aconselha que os produtos ricos em gordura e pobres em proteína sejam substituídos por alimentos como leite, iogurtes, sumos com mais de 50 por cento de fruta, batidos de fruta, pão de mistura, fruta e sandes de queijo ou fiambre de aves.
Em declarações à Lusa, Bela Franchini, especialista em nutrição e docente na Faculdade de Ciências da Nutrição, disse que o documento está nas mãos do Ministério da Educação, a quem caberá decidir a sua aplicação. O estudo envolveu 47 escolas básicas do segundo e terceiro ciclos do Porto no ano lectivo 2003/2004 e concluiu que um terço dos cerca de dois mil alunos consumiam quantidades de gordura superiores aos recomendados para a idade.
Para Bela Franchini, a solução passa por mudar o conteúdo das máquinas. «Sabemos que há falta de pessoal nas escolas e que as máquinas são muito práticas, mas devem ser as escolas a determinar o seu conteúdo e não as empresas de distribuição dos alimentos», sustentou.
Numa primeira fase, as recomendações deverão ser aplicadas nos bufetes e nas máquinas, mas posteriormente poderão ser alargadas às cantinas escolares, apesar de os alimentos aqui fornecidos serem mais equilibrados.
Um estudo de 2005 produzido pela Deco verificou que a maioria das refeições servidas nas cantinas escolares é equilibrada, embora algumas abusem da carne de vaca e de porco, de fritos e de doces. Os especialistas destacam como vantagem o facto de haver sopa em todas as ementas e 60 por cento das cantinas não servirem pizzas nem salgados.
Recentemente o Jornal Internacional de Obesidade Pediátrica revelou que as taxas de obesidade infantil vão crescer drasticamente até 2010. Calcula-se que, nessa data, cerca de 26 milhões de jovens da União Europeia sofram de excesso de peso ou obesidade. Dados da Comissão Europeia, divulgados no ano passado, indicam que Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso, juntamente com Malta, Espanha e Itália. Nestes quatro países, as taxas de sobrepeso e de obesidade excedem os 30 por cento nas crianças com idades entre os sete e os 11 anos.