Apurar a verdade
Depois de ter visto recusado pelo PS o seu pedido para que o Ministro da Economia fosse ouvido em comissão parlamentar sobre a hipotética deslocalização da marca Zara, o Grupo Parlamentar do PCP voltou a insistir na necessidade de clarificar o assunto por forma a evitar legítimos receios e preocupações.
O deputado comunista Agostinho Lopes, em requerimento, pergunta concretamente que informações dispõe o Ministério da Economia e Inovação que lhe permitem afirmar que «após contactos realizados chega-se à conclusão de que não passam de rumores» as notícias que têm vindo a público sobre esta matéria.
É que a ligeireza da conclusão contraria informações igualmente veiculadas por órgãos de comunicação social dando conta de preocupações expressas num fórum de empresários do Vale do Ave e pelo Presidente da Associação Industrial do Minho.
«Possui o ministro informações que lhe permitem concluir não haver suspensão ou redução de encomendas a empresas que trabalham para a marca [Zara] que possam indiciar a referida deslocalização ?», inquire o deputado comunista, convicto de que só a resposta a esta questão permitirá tranquilizar trabalhadores, empresários e autarcas.
Na base destas preocupações, recorde-se, estão notícias recentes referindo a intenção dos titulares da marca de vestuário Zara, do Grupo Inditex, no sentido de deixarem de produzir em Portugal. Embora não tendo unidades de produção próprias no nosso País, esta marca espanhola de pronto-a-vestir é no momento presente responsável pelo escoamento de uma parte significativa do vestuário produzido no Vale do Ave, tendo acordos de produção com mais de centena e meia de empresas nacionais, algumas com centenas de trabalhadores.
Algumas dessas empresas, como lembra Agostinho Lopes, terão recebido a informação da Zara de que não haveria novas encomendas, dada a deslocalização da produção para países do Leste Europeu, aproveitando incentivos comunitários.
Um tal cenário, a confirmar-se, representaria o desemprego de dez mil trabalhadores, em particular em concelhos já muito martirizados pelo desemprego, como Guimarães, Fafe, Felgueiras, Barcelos, Vizela, Vila Nova de Famalicão, Trofa e Santo Tirso.
Império alarga-se
Para além da marca Zara, o Grupo Inditex possui as conhecidas lojas, sobretudo entre os mais jovens, Pull and Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home, Kddy's Class e Tempe. Este império com 3153 estabelecimentos em países de vários continentes é presidido por Amâncio Ortega, que aparece na lista da «Forbes» no oitavo lugar da lista dos homens mais ricos do mundo.
De acordo com uma notícia do Público na sua edição de 22 de Março, o resultado líquido do grupo no ano passado superou os mil milhões de euros, representando um aumento recorde de 25 por cento relativamente a 2005.
A espanhola Inditex, ainda segundo a notícia, vai abrir entre 440 e 520 novas lojas durante o ano em curso.
O deputado comunista Agostinho Lopes, em requerimento, pergunta concretamente que informações dispõe o Ministério da Economia e Inovação que lhe permitem afirmar que «após contactos realizados chega-se à conclusão de que não passam de rumores» as notícias que têm vindo a público sobre esta matéria.
É que a ligeireza da conclusão contraria informações igualmente veiculadas por órgãos de comunicação social dando conta de preocupações expressas num fórum de empresários do Vale do Ave e pelo Presidente da Associação Industrial do Minho.
«Possui o ministro informações que lhe permitem concluir não haver suspensão ou redução de encomendas a empresas que trabalham para a marca [Zara] que possam indiciar a referida deslocalização ?», inquire o deputado comunista, convicto de que só a resposta a esta questão permitirá tranquilizar trabalhadores, empresários e autarcas.
Na base destas preocupações, recorde-se, estão notícias recentes referindo a intenção dos titulares da marca de vestuário Zara, do Grupo Inditex, no sentido de deixarem de produzir em Portugal. Embora não tendo unidades de produção próprias no nosso País, esta marca espanhola de pronto-a-vestir é no momento presente responsável pelo escoamento de uma parte significativa do vestuário produzido no Vale do Ave, tendo acordos de produção com mais de centena e meia de empresas nacionais, algumas com centenas de trabalhadores.
Algumas dessas empresas, como lembra Agostinho Lopes, terão recebido a informação da Zara de que não haveria novas encomendas, dada a deslocalização da produção para países do Leste Europeu, aproveitando incentivos comunitários.
Um tal cenário, a confirmar-se, representaria o desemprego de dez mil trabalhadores, em particular em concelhos já muito martirizados pelo desemprego, como Guimarães, Fafe, Felgueiras, Barcelos, Vizela, Vila Nova de Famalicão, Trofa e Santo Tirso.
Império alarga-se
Para além da marca Zara, o Grupo Inditex possui as conhecidas lojas, sobretudo entre os mais jovens, Pull and Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, Oysho, Zara Home, Kddy's Class e Tempe. Este império com 3153 estabelecimentos em países de vários continentes é presidido por Amâncio Ortega, que aparece na lista da «Forbes» no oitavo lugar da lista dos homens mais ricos do mundo.
De acordo com uma notícia do Público na sua edição de 22 de Março, o resultado líquido do grupo no ano passado superou os mil milhões de euros, representando um aumento recorde de 25 por cento relativamente a 2005.
A espanhola Inditex, ainda segundo a notícia, vai abrir entre 440 e 520 novas lojas durante o ano em curso.