Royal disputa segunda volta
O candidato da direita, Nicolas Sarkozy, venceu a primeira volta das eleições francesas, realizadas no domingo, 22. Na segunda volta enfrentará a candidata socialista, Ségolene Royal.
Os partidos de esquerda já apelaram ao voto na candidata socialista
O antigo ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, do partido União para um Movimento Popular (UMP), do actual presidente, Jacques Chirac, obteve vantagem na primeira volta das eleições presidenciais. Num momento em que apenas faltava contar os votos dos residentes no estrangeiro, Sarkozy contava 31,11 por cento.
Em segundo lugar ficou a socialista Ségolene Royal, com 25,84 por cento dos votos, o que constituiu um alívio para muitos franceses que temiam a repetição das últimas presidenciais, em que o líder da extrema-direita, Jean-Marie Le Pen, disputou a segunda volta com Chirac.
Desta vez, porém, a participação no sufrágio atingiu níveis históricos, alcançando 84,61 por cento, ou seja, quase batendo o recorde de 84,75 por cento, registado em 1965, ano da primeira eleição presidencial por sufrágio universal e directo, em que o general Charles de Gaulle foi eleito.
Esta afluência inusitada contribuiu para a subida do candidato do centro, François Bayrou, da União para a Democracia Francesa (UDF), que obteve 18,55 por cento (contra 6,5% em 2002), remetendo para quarto lugar a Frente Popular (FP), cujo resultado (10,51%) fica muito abaixo das previsões e representa um pesada derrota para Le Pen.
Nada está decidido
Embora as sondagens antecipem já uma folgada vitória para o candidato da UMP na segunda volta, que terá lugar no próximo dia 6 de Maio, tudo está em aberto, sendo certo que o estilo agressivo de Sarkozy e as reformas liberais que ameaça levar a cabo suscitam justificadas preocupações no eleitorado francês.
É no entanto um facto todos os institutos de sondagens lhe dão a maioria face à candidata socialista. Assim, Sarkozy alcançaria 52 por cento (BVA); 53,5 por cento (CSA) e 54 por cento (Ifop e Ipsos-Dell).
Acresce que o resultado de Sarkozy superou largamente as votações obtidas pelos seus antecessores da UMP na primeira volta de sufrágios anteriores. Jacques Chirac ficou-se pelos 20,98 por cento em 1995, ano em que foi eleito pela primeira vez, e não passou dos 19,9 por cento em 2002, quando se enfrentou com Le Pen na segunda volta, acabando por vencer com 82 por cento dos votos.
Por seu turno, Ségolene Royal superou largamente o resultado de Lionel Jospin, o último candidato socialista à presidência, que, em 2002, não foi além dos 16,2 por cento, obrigando toda a esquerda francesa a votar em Chirac para derrotar Le Pen.
Na segunda volta, Royal já conta com o apoio declarado de todos os partidos à sua esquerda, empenhados no objectivo central de derrotar o candidato da direita.
Bipolariazação crescente
Os resultados dos restantes candidatos foram pouco expressivos, não ultrapassando nenhum deles a barreira dos cinco por cento. Num cenário crescentemente bipolarizado, o voto útil pesou visivelmente na decisão do eleitorado,
O candidato mais votado das listas de esquerda foi o trotskista da LCR (Liga Comunista Revolucionária), Olivier Besancenot, com 4,11 por cento. Seguiu-se Philippe de Villiers, do Movimento pela França (de direita), com 2,24 por cento. A candidata do Partido Comunista Francês, Marie George-Buffet, obteve 1,94 por cento dos votos.
Com resultados ainda mais baixos ficaram Dominique Voynet, dos Verdes, (1,57%), Arlette Laguiller, da Luta Operária, (1,34%); José Bové, dos movimentos antiglobalização, (1,32%); Frédéric Nihous, do Movimento da Ruralidade, (1,15%) e, por fim, Gérard Schivardi, candidato apoiado por presidentes de câmara e sindicalistas (0,34%).
Em segundo lugar ficou a socialista Ségolene Royal, com 25,84 por cento dos votos, o que constituiu um alívio para muitos franceses que temiam a repetição das últimas presidenciais, em que o líder da extrema-direita, Jean-Marie Le Pen, disputou a segunda volta com Chirac.
Desta vez, porém, a participação no sufrágio atingiu níveis históricos, alcançando 84,61 por cento, ou seja, quase batendo o recorde de 84,75 por cento, registado em 1965, ano da primeira eleição presidencial por sufrágio universal e directo, em que o general Charles de Gaulle foi eleito.
Esta afluência inusitada contribuiu para a subida do candidato do centro, François Bayrou, da União para a Democracia Francesa (UDF), que obteve 18,55 por cento (contra 6,5% em 2002), remetendo para quarto lugar a Frente Popular (FP), cujo resultado (10,51%) fica muito abaixo das previsões e representa um pesada derrota para Le Pen.
Nada está decidido
Embora as sondagens antecipem já uma folgada vitória para o candidato da UMP na segunda volta, que terá lugar no próximo dia 6 de Maio, tudo está em aberto, sendo certo que o estilo agressivo de Sarkozy e as reformas liberais que ameaça levar a cabo suscitam justificadas preocupações no eleitorado francês.
É no entanto um facto todos os institutos de sondagens lhe dão a maioria face à candidata socialista. Assim, Sarkozy alcançaria 52 por cento (BVA); 53,5 por cento (CSA) e 54 por cento (Ifop e Ipsos-Dell).
Acresce que o resultado de Sarkozy superou largamente as votações obtidas pelos seus antecessores da UMP na primeira volta de sufrágios anteriores. Jacques Chirac ficou-se pelos 20,98 por cento em 1995, ano em que foi eleito pela primeira vez, e não passou dos 19,9 por cento em 2002, quando se enfrentou com Le Pen na segunda volta, acabando por vencer com 82 por cento dos votos.
Por seu turno, Ségolene Royal superou largamente o resultado de Lionel Jospin, o último candidato socialista à presidência, que, em 2002, não foi além dos 16,2 por cento, obrigando toda a esquerda francesa a votar em Chirac para derrotar Le Pen.
Na segunda volta, Royal já conta com o apoio declarado de todos os partidos à sua esquerda, empenhados no objectivo central de derrotar o candidato da direita.
Bipolariazação crescente
Os resultados dos restantes candidatos foram pouco expressivos, não ultrapassando nenhum deles a barreira dos cinco por cento. Num cenário crescentemente bipolarizado, o voto útil pesou visivelmente na decisão do eleitorado,
O candidato mais votado das listas de esquerda foi o trotskista da LCR (Liga Comunista Revolucionária), Olivier Besancenot, com 4,11 por cento. Seguiu-se Philippe de Villiers, do Movimento pela França (de direita), com 2,24 por cento. A candidata do Partido Comunista Francês, Marie George-Buffet, obteve 1,94 por cento dos votos.
Com resultados ainda mais baixos ficaram Dominique Voynet, dos Verdes, (1,57%), Arlette Laguiller, da Luta Operária, (1,34%); José Bové, dos movimentos antiglobalização, (1,32%); Frédéric Nihous, do Movimento da Ruralidade, (1,15%) e, por fim, Gérard Schivardi, candidato apoiado por presidentes de câmara e sindicalistas (0,34%).