300 jogadores garantem sucesso do concurso
A despoluição do rio Tinto foi exigida no torneio de Gondomar
O Torneio de Futsal Agit está a decorrer em todos os distritos, com vista à final nacional, marcada para 11 e 12 de Maio, em Lisboa, em formato de «Maratona 24 horas». No distrito do Porto, a iniciativa está a ser marcada por uma grande adesão, com a participação de muitos jovens e de muitas equipas. «Aproveitamos para politizar o torneio, para fazer contactos concretos com os jovens e falar sobre as suas aspirações», afirma Nelson Leite, responsável distrital.
Em Vila do Conde, sob um pano que dizia «Cuidado, não te magoes, que as urgências podem fechar», seis equipas masculinas e uma feminina disputaram a eliminatória concelhia. Em Vila Nova de Gaia, o elevado número de participantes levou a que o torneio fosse dividido em dois dias. A segunda eliminatória realizou-se no sábado, um dia antes do torneio de Gondomar. Este contou com a participação de 40 pessoas, numa iniciativa onde os militantes da JCP defenderam a despoluição do rio Tinto.
No total, participaram 22 equipas masculinas e cinco femininas nos torneios do distrito, cada uma em geral com dez elementos. Fazendo as contas, quase 300 pessoas estiveram envolvidas directamente no torneio, um número a que se deve somar os familiares e amigos que vão assistir aos jogos. Como afirma Nelson Leite, «é uma excelente oportunidade de politizar os jovens. Em todos os concelhos tentamos ir ao encontro dos problemas concretos que ali existem». Os recrutamentos para a JCP acontecem em praticamente todos os jogos e os novos militantes de Vila do Conde, por exemplo, já estão organizados e activos.
Petição em Ermesinde
Na freguesia de Ermesinde, em Valongo, o Torneio Agit deu origem a uma petição pela criação de mais infraestruturas desportivas, a extinção ou redução das taxas de utilização, o aumento de meios técnicos e humanos para vigilância e manutenção e a reposição do ringue municipal.
Como recorda Maria João Antunes, responsável pelo colectivo da JCP na freguesia, «no dia do torneio, os participantes falaram sobre como é difícil ter acesso ao desporto e louvaram a iniciativa da JCP». Daí à concretização de um abaixo-assinado foi um passo simples. Actualmente conta já com mais de 300 assinaturas, numa iniciativa que conta com o envolvimento de todos os jogadores. A petição será entregue na Câmara Municipal de Valongo durante o mês de Maio, por uma grande delegação de jovens.
Ermesinde tem 60 mil habitantes, muitos deles jovens. Há poucos espaços verdes e o ringue municipal que ali existia foi fechado pela Câmara Municipal devido a grupos de jovens problemáticos. «O caminho não é esse. A solução é a iluminação, a vigilância e a manutenção dos espaços», afirma Maria João, acrescentando que a autarquia lida também com um problema de corte de verbas e, por isso, «vai pela situação mais fácil e fecha os ringues. Isto não é a resposta para a vida saudável dos jovens. O desporto é um factor de desenvolvimento pessoal e colectivo.»
No resto do concelho existem ainda espaços livres para construir infraestruturas desportivas, mas a CM não o faz. «Mas isso também é culpa do Governo, que deixa as actividades desportivas para segundo plano e promove políticas de elitização do desporto», considera a responsável.
30 euros à hora
De facto, não é fácil praticar desporto em Ermesinde. Há sempre que pagar, seja nas escolas ou nas instalações municipais, e «são preços exorbitantes, como 30 euros à hora pelo campo ou 3 euros por jogador». Para Maria João Antunes, «é completamente elitizante. Quem tem menos possibilidades económicas deixa de poder praticar desporto.»
Mesmo a JCP teve dificuldades para que a Câmara Municipal de Valongo cedesse instalações para o Torneio Agit, tendo de apelar à Escola Secundária de Ermesinde para utilizar as suas infraestruturas. No total, 100 jogadores distribuídos por 10 equipas participaram na iniciativa. «Muitos deles não conheciam a JCP e agora vêem-na como a organização que assume os seus problemas e que dá respostas», refere a responsável. «Promovemos o desporto e, ao mesmo tempo, os jogos são momentos de discussão. Procuramos possibilitar a prática desportiva e dar a conhecer a JCP, as nossas propostas e as nossas ideias.»
Em Vila do Conde, sob um pano que dizia «Cuidado, não te magoes, que as urgências podem fechar», seis equipas masculinas e uma feminina disputaram a eliminatória concelhia. Em Vila Nova de Gaia, o elevado número de participantes levou a que o torneio fosse dividido em dois dias. A segunda eliminatória realizou-se no sábado, um dia antes do torneio de Gondomar. Este contou com a participação de 40 pessoas, numa iniciativa onde os militantes da JCP defenderam a despoluição do rio Tinto.
No total, participaram 22 equipas masculinas e cinco femininas nos torneios do distrito, cada uma em geral com dez elementos. Fazendo as contas, quase 300 pessoas estiveram envolvidas directamente no torneio, um número a que se deve somar os familiares e amigos que vão assistir aos jogos. Como afirma Nelson Leite, «é uma excelente oportunidade de politizar os jovens. Em todos os concelhos tentamos ir ao encontro dos problemas concretos que ali existem». Os recrutamentos para a JCP acontecem em praticamente todos os jogos e os novos militantes de Vila do Conde, por exemplo, já estão organizados e activos.
Petição em Ermesinde
Na freguesia de Ermesinde, em Valongo, o Torneio Agit deu origem a uma petição pela criação de mais infraestruturas desportivas, a extinção ou redução das taxas de utilização, o aumento de meios técnicos e humanos para vigilância e manutenção e a reposição do ringue municipal.
Como recorda Maria João Antunes, responsável pelo colectivo da JCP na freguesia, «no dia do torneio, os participantes falaram sobre como é difícil ter acesso ao desporto e louvaram a iniciativa da JCP». Daí à concretização de um abaixo-assinado foi um passo simples. Actualmente conta já com mais de 300 assinaturas, numa iniciativa que conta com o envolvimento de todos os jogadores. A petição será entregue na Câmara Municipal de Valongo durante o mês de Maio, por uma grande delegação de jovens.
Ermesinde tem 60 mil habitantes, muitos deles jovens. Há poucos espaços verdes e o ringue municipal que ali existia foi fechado pela Câmara Municipal devido a grupos de jovens problemáticos. «O caminho não é esse. A solução é a iluminação, a vigilância e a manutenção dos espaços», afirma Maria João, acrescentando que a autarquia lida também com um problema de corte de verbas e, por isso, «vai pela situação mais fácil e fecha os ringues. Isto não é a resposta para a vida saudável dos jovens. O desporto é um factor de desenvolvimento pessoal e colectivo.»
No resto do concelho existem ainda espaços livres para construir infraestruturas desportivas, mas a CM não o faz. «Mas isso também é culpa do Governo, que deixa as actividades desportivas para segundo plano e promove políticas de elitização do desporto», considera a responsável.
30 euros à hora
De facto, não é fácil praticar desporto em Ermesinde. Há sempre que pagar, seja nas escolas ou nas instalações municipais, e «são preços exorbitantes, como 30 euros à hora pelo campo ou 3 euros por jogador». Para Maria João Antunes, «é completamente elitizante. Quem tem menos possibilidades económicas deixa de poder praticar desporto.»
Mesmo a JCP teve dificuldades para que a Câmara Municipal de Valongo cedesse instalações para o Torneio Agit, tendo de apelar à Escola Secundária de Ermesinde para utilizar as suas infraestruturas. No total, 100 jogadores distribuídos por 10 equipas participaram na iniciativa. «Muitos deles não conheciam a JCP e agora vêem-na como a organização que assume os seus problemas e que dá respostas», refere a responsável. «Promovemos o desporto e, ao mesmo tempo, os jogos são momentos de discussão. Procuramos possibilitar a prática desportiva e dar a conhecer a JCP, as nossas propostas e as nossas ideias.»