- Nº 1757 (2007/08/2)

Instrutores

Breves Trabalhadores

A falta de instrutores de que se queixam as escolas de condução e a associação patronal do sector (Anieca) está a colocar em causa as condições de vida e de trabalho daqueles profissionais, a qualidade do ensino e a própria segurança rodoviária. Ao lançar o alerta, na semana passada, a Festru/CGTP-IN repudiou os argumentos «egoístas e demagógicos» da Anieca, quando esta lamenta que os instrutores vão trabalhar para Espanha e que a Direcção-Geral de Viação reprova cerca de 90 por cento dos candidatos à profissão. A associação patronal - acusa a Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urbanos - sabe que a liberalização do sector, a precariedade laboral, os baixos salários, a contratação de «biscateiros» e a concorrência desleal são práticas que provam que a maioria das escolas de condução está mais preocupada com o lucro do que com o ensino de qualidade. Com a crítica à taxa de reprovação, parece querer que os exames não sejam exigentes e que a DGV produzisse instrutores em muita quantidade, para dispor assim de um exército maior de desempregados.