São precários e clandestinos cerca de 80 por cento dos trabalhadores da construção civil e obras públicas, segundo o Sindicato de Construção do Norte. Citado pela Agência Lusa, o presidente do sindicato afirmou sexta-feira que, dos 550 mil trabalhadores do sector, apenas 20 por cento têm um vínculo laboral estável, enquanto os restantes não têm contrato ou têm contrato a termo certo, embora possam estar há mais de cinco anos na mesma empresa. No Minho, a situação mais grave, estima o sindicato que haverá mais de 100 mil trabalhadores em situações irregulares, até porque «são criadas muitas pequenas empresas, que desaparecem da noite para o dia, sem cumprirem, quer com os trabalhadores, quer com o Estado». Pelas contas do sindicato, tomando como salário-base para o sector um valor médio de 518,50 euros, mais de um milhão de euros ficam por pagar à Segurança Social.