Quando no PCP se fala em Adriano toda a gente sabe de quem se está a falar: de Adriano Correia de Oliveira, prestigiado músico e cantor e destacado militante do Partido. Este ano, quando se completam 25 anos sobre a sua morte, a Festa decidiu muito justamente homenagear, pois, aquele que foi também um entre os maiores cantores da intervenção entre 1969 e 1973, anos do fascismo. Quem não se lembra da «Trova do Vento que Passa»? Onde «mesmo na noite mais escura / em tempos de solidão / há sempre alguém que resiste / há sempre alguém que diz não»?
A exposição abria com uma frase sua – «Onde eu estiver quero ser eu...» – e, de facto, onde ele estava era ele. Aliás, um painel lembrava a forma como Adriano sempre viveu: «intensamente, com imenso amor pela vida, construindo inúmeras e sólidas amizades, sempre com o seu Partido (...)» e fazendo da música «o seu modo de estar» (lá estava a sua ficha de associado da Tuna Académica da Universidade de Coimbra).
Foi demasiado curta a sua vida, lamentam os que o conheceram... felizmente a sua obra permanece e acompanha-nos!