Sindicatos «referendam» acordo
Dezenas de milhares de trabalhadores italianos começaram a votar, segunda-feira, 8, num «referendo» promovido pelos sindicatos do país sobre o aumento da idade da reforma.
Os boletins pelo Sim ou pelo Não podiam ser depositados em urnas colocadas nos locais de trabalho, às quais tiveram também acesso trabalhadores desempregados e reformados.
A consulta abrangia um universo teórico de 15 milhões de pessoas, embora os seus promotores esperassem uma participação em torno dos cinco milhões de votantes.
Em causa está o acordo concluído em Julho passado entre as três confederações sindicais do país e o governo de Romano Prodi que prevê, designadamente, o aumento progressivo da idade de reforma dos 57 para os 61 anos até 2013, acompanhada da subida do tempo de contribuições de 35 para 37 anos.
Apesar de algumas estruturas, caso do sindicato da metalurgia (FIOM), já terem condenado o conteúdo do acordo, o qual é igualmente contestado pelos comunistas e verdes presentes na coligação governativa, esta reforma da Segurança Social é defendida com entusiasmo pelas centrais sindicais.
No último domingo, o secretário-geral da CGIL, a maior central italiana, Guglielmo Epifani, voltou a afirmar-se como um fervoroso adepto da reforma, declarando perante as câmara da RAI que «o Sim vai ganhar».
Também o ministro da Economia, Tomma Padoa-Schioppa, se manifestou confiante de que «a maioria dos trabalhadores será favorável» ao acordo.
Contudo, independentemente do resultado desta singular «consulta», Romano Prodi já avisou por várias vezes que não admitirá alterações ao texto acordado, exigindo a sua aprovação integral no próximo conselho de ministros que se realiza amanhã, sexta-feira. Comunistas e verdes prometem votar contra. Talvez uma nova crise esteja prestes a rebentar na coligação de centro-esquerda.
Os boletins pelo Sim ou pelo Não podiam ser depositados em urnas colocadas nos locais de trabalho, às quais tiveram também acesso trabalhadores desempregados e reformados.
A consulta abrangia um universo teórico de 15 milhões de pessoas, embora os seus promotores esperassem uma participação em torno dos cinco milhões de votantes.
Em causa está o acordo concluído em Julho passado entre as três confederações sindicais do país e o governo de Romano Prodi que prevê, designadamente, o aumento progressivo da idade de reforma dos 57 para os 61 anos até 2013, acompanhada da subida do tempo de contribuições de 35 para 37 anos.
Apesar de algumas estruturas, caso do sindicato da metalurgia (FIOM), já terem condenado o conteúdo do acordo, o qual é igualmente contestado pelos comunistas e verdes presentes na coligação governativa, esta reforma da Segurança Social é defendida com entusiasmo pelas centrais sindicais.
No último domingo, o secretário-geral da CGIL, a maior central italiana, Guglielmo Epifani, voltou a afirmar-se como um fervoroso adepto da reforma, declarando perante as câmara da RAI que «o Sim vai ganhar».
Também o ministro da Economia, Tomma Padoa-Schioppa, se manifestou confiante de que «a maioria dos trabalhadores será favorável» ao acordo.
Contudo, independentemente do resultado desta singular «consulta», Romano Prodi já avisou por várias vezes que não admitirá alterações ao texto acordado, exigindo a sua aprovação integral no próximo conselho de ministros que se realiza amanhã, sexta-feira. Comunistas e verdes prometem votar contra. Talvez uma nova crise esteja prestes a rebentar na coligação de centro-esquerda.