Sem compensação de qualquer espécie, os pescadores viram o Governo limitar-lhes a actividade piscatória em 10 por cento, de 216 para 195 dias, dando-lhes «férias sem subsídio e sem remuneração», acusou, num comunicado de dia 20, o Sindicato dos Trabalhadores das Pescas do Norte, na sua análise ao Acordo de Pescas para o próximo ano, assumido por Portugal na União Europeia. Contrariando a posição do ministro da pasta, que o classificou como um bom acordo, o sindicato salienta que Jaime Silva omitiu a redução, em 32 por cento, da quota de verdinho (de 26 toneladas, capturadas em 2005, para cerca de seis). Quanto às capturas de carapau, «a verdade é que verificamos uma diminuição de 0,37 por cento no Continente e de 15 por cento desta espécie nas Madeira e nos Açores», alerta o sindicato. Para o STPN/CGTP-IN, o Governo português perdeu «a oportunidade, durante a sua presidência, de apresentar medidas de defesa do sector».