Militantes comunistas de Almada estiveram, segunda-feira de manhã, junto ao edifício da Estradas de Portugal, a distribuir um comunicado aos trabalhadores da empresa . Nesse comunicado, os comunistas acusavam que a transformação desta empresa em Sociedade Anónima significou «mais um passo do Governo do PS na sua total privatização (entrega ao grande capital) da Rede Viária Nacional».
Para o PCP, a rede viária tem «elevada importância estratégica no desenvolvimento económico e social do País», pelo que deveria ter sido mantida pública.
No comunicado entregue aos trabalhadores, o PCP lembrava a sua oposição de sempre às medidas privatizadoras dos sucessivos governos. Foram os comunistas que chamaram para apreciação parlamentar os decretos-lei que transformavam a Estradas de Portugal de EPE em SA. Esta iniciativa do grupo parlamentar do PCP foi chumbada pelos deputados do PS.
Mas este processo tem consequências também para os trabalhadores, alertam os comunistas: contra os seus postos de trabalho, salários e direitos. É na unidade dos trabalhadores, considera o PCP, «que está a mais sólida barreira à retirada de direitos e à destruição da empresa».