Palco Arraial

Ao ar livre, o palco onde predomina a música popular portuguesa, folclórica e etnográfica foi o que melhor resistiu ao dilúvio de sexta-feira tendo mantido a sua programação. Durante os três dias, ranchos e grupos folclóricos de todos os cantos do País encheram o espaço com danças e cantares num espaço sempre muito concorrido e até participado, já que muitas das actuações desafiaram o público a participar nos espectáculos.

Café Concerto de Lisboa

Este ano, o sector intelectual de Lisboa do PCP levou, mais uma vez à Festa uma vasta variedade de estilos musicais, dois debates, uma homenagem ao poeta comunista Armindo Rodrigues e o lançamento do Caderno Vermelho n.º16. Os debates subordinaram-se às temáticas, «Precarização, proletarização das profissões intelectuais», onde participaram Ana Isabel Barreiros, André Levy, Maria Dávila e Tiago Cunha, e «Arte, criação e intervenção política» com Joana Ruas, Manuel Gusmão e Pedro Penilo. Música de intervenção, popular portuguesa, fado, música latina, jazz, blues, experimental, guitarras e canto de Coimbra, poesia sátira e batuco de Cabo Verde fizeram as delícias do aconchegado Café Concerto.

Palco Setúbal

Como os restantes palcos regionais, são evidentes as melhorias de qualidade dos espectáculos, de ano para ano, no Palco da responsabilidade da Organização Regional de Setúbal do Partido. Quem por lá passou pode usufruir de uma variedade de estilos musicais, mas também a números de palhaços para os mais pequenos, teatro, recordar Carlos Paredes, o rock português dos anos oitenta ou assistir aos cabeçudos e gigantões.
Dois debates iniciaram os programas de sábado e domingo: «100 anos de luta e resistência na CUF-Barreiro» e «Desenvolvimento Regional».

Palco Ribatejo

Na região de Santarém, o Palco Ribatejo surpreende pela diversidade e qualidade dos espectáculos que apresenta. Este ano, o rock, a música electrónica, a música popular portuguesa, o canto lírico, o piano, a dança, o jazz/rock, o fado e o folk intercalaram com uma homenagem à revolução cubana e uma sessão de autógrafos com o economista ribatejense, membro do Comité Central do PCP, Sérgio Ribeiro que apresentou o seu último livro, «50 anos de economia e militância». Houve ainda tempos em que se desafiou o público para fazerem as suas próprias actuações em palco.

Palco Alentejo

Num espaço todo coberto por vastas sombras que refrescaram os visitantes durante os dias de Festa, junto aos restaurantes da região os visitantes puderam deliciar-se com os pratos regionais ao som das músicas e cantares do Alentejo, tanto os mais consagrados como os mais jovens grupos corais sucederam-se dando um ambiente que, tirando na Festa, só se pode encontrar no Alentejo.
Houve ainda debates subordinados à região e não só: «Sim, é possível um PCP mais forte no Alentejo», «Sim à regionalização, por um Alentejo mais desenvolvido» e «O regime democrático – Direitos, liberdades e garantias».