- Nº 1815 (2008/09/11)
Iraque

Resistir é já vencer

Festa do Avante!

Instalada num extenso conjunto de painéis negros no espaço da Cidade Internacional, a exposição sobre a guerra e ocupação imperialistas no Iraque cativava a atenção dos visitantes.
Nela se destacava que o PCP, partido patriota e internacionalista, está com o povo iraquiano na resistência à ocupação, posição, aliás, expressa por centenas de milhões de pessoas em todo o mundo em gigantescas manifestações de massas contra uma guerra injusta, ilegal, predadora e geradora de crimes monstruosos, como as torturas praticadas em Abu Ghraib e noutras prisões do império norte-americano, para onde os prisioneiros eram levados em secretos voos da CIA, ou os esquadrões da morte e os massacres contra civis ocorridos em Tal Afar ou Fallujah.
Tal como então, destacava-se, o povo iraquiano tem toda a legitimidade para resistir lutando pela imediata retirada das tropas invasoras, por um futuro de paz, soberania e progresso, e continua hoje na ordem do dia a condenação do militarismo e do imperialismo que levam no bojo a miséria e a destruição.
A luta do povo iraquiano é, neste contexto, indissociável da luta dos demais povos – luta na qual os comunistas assumem a primeira linha - pela paz, contra as agressões e ingerências imperialistas, pela justiça social, pois, como se sublinhava ainda na exposição, «é nos trabalhadores e nos povos que reside a força necessária para travar o passo à exploração e opressão capitalistas».

Lições para o futuro

A situação criada no Médio Oriente e Ásia Central com as guerras no Iraque e Afeganistão ilustram o caminho desastroso das chamadas «guerras preventivas», confirmam a linha iniciada com a agressão e desmembramento da Jugoslávia, levada a cabo por partidos da Internacional Socialista, fieis executantes do capitalismo, que espezinham o direito internacional ao sabor dos interesses imperialistas.
As divergências que surgiram aquando da guerra do Iraque traduzem somente diferentes interesses económicos, contradições inter-imperialistas que a actual crise estrutural do sistema – com epicentro nos EUA - vem agudizar empurrando os povos para a barbárie e a guerra, destacava-se na exposição. Por isso, teve e tem toda a razão a exigência do PCP para que o Governo português cumpra a Constituição da República e se demarque da estratégia de guerras imperialistas.