Irão rejeita

«Críticas políticas» sobre nuclear

O presidente da agência nuclear iraniana considerou que as críticas israelitas, europeias e norte-americanas ao último relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre o programa de investigação nuclear do Irão são «politicamente motivadas». Numa entrevista à televisão Al-Alam, citada pela Lusa, Ali Akbar Saheli lembrou que «pela primeira vez, o relatório da AIEA demonstra de forma implícita que os Estados Unidos não têm nenhuma prova das denúncias que fizeram sobre o programa nuclear iraniano».
«Este documento tem muitos aspectos positivos, incluindo o facto de reconhecer que o Irão não se afasta dos seus propósitos pacíficos», acrescentou Saheli para quem, segundo a EFE, o texto significa «uma grande conquista para o Irão».
Já os EUA, secundados por alguns países membros da UE, difundem uma leitura oposta sobre o relatório da Agência e alegam que Teerão oculta com um programa civil um outro de cariz militar. Em conferência de imprensa o porta-voz do departamento de Estado, Ian Kelly, não apresentou qualquer prova sobre a natureza bélica do programa iraniano, limitando-se a lançar acusações sobre a instalação de máquinas ou à continuação de enriquecimento de urânio, e a qualificar de «muito curtos» os passos positivos que a AIEA afirma estarem a ser dados pelo Irão no que à transparência do seu programa diz respeito.
Washington secunda, aliás, a posição de Israel, que além de apontar «insuficiências» ao documento divulgado em Viena na sexta-feira, dia 28, diz que a Agência e o seu responsável, Mohamed el-Baradei, não tornam públicas «todas as informações disponíveis sobre os avanços do Irão no desenvolvimento do seu programa nuclear militar e os esforços daquele país para o esconder».
O relatório da AIEA afirma que a produção de urânio enriquecido no Irão está estagnada e que apesar de o país continuar a instalar centrifugadoras em Natanz, o número de máquinas activas é menor que em Junho passado. No texto, a AIEA salienta igualmente que o governo iraniano abriu as portas do reactor de Arak aos inspectores.
O Irão reitera que o programa nuclear em curso tem fins pacíficos. Quando estiver em funcionamento, o reactor de Arak, por exemplo, será utilizado para produção de isótopos para fins médicos e agrícolas, explicam.


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