Comício na Covilhã

A luta não pode parar

No comício da Covilhã, realizado no domingo, Jerónimo de Sousa reafirmou que a luta é a «única saída que pode travar a ofensiva e conter todas e cada uma das medidas que o PS e a direita preparam com o seu PEC».

Terminada a campanha, prossegue o esclarecimento e a mobilização

As 250 pessoas que participaram no comício de domingo, que encerrou a campanha «Com o PCP – Lutar contra as injustiças, Exigir uma vida melhor», encheram por completo a sala do GIR do Rodrigo, no concelho da Covilhã. E ouviram o Secretário-geral do PCP realçar a necessidade de, mesmo finda a campanha partidária, dar ao combate contra as injustiças uma «nova dimensão e amplitude no presente e no futuro da nossa intervenção política».
Quando o Partido iniciou esta campanha, lembrou Jerónimo de Sousa, estava «longe de imaginar que o Governo do PS de José Sócrates se permitisse, em tão pouco tempo, ir ainda mais longe do que tem ido em matéria de injustiças e desigualdades sociais». Não porque surpreenda a sistemática negação das promessas eleitorais o o sentido da governação, mas simplesmente porque aquilo que o Governo prepara com o PEC – esse «malfadado e mal chamado Programa de Estabilidade e Crescimento» – constitui uma verdadeira «ousadia».
Com a sua política, o Governo não só não resolveu como agravou três dos problemas centrais do País, acusou Jerónimo de Sousa: o desemprego, a precariedade e os baixos salários. Ao mesmo tempo que está «cada vez mais activo e a dar força» a uma ofensiva ideológica sem precedentes, visando o rebaixamento das condições de trabalho, nomeadamente o congelamento e cortes dos salários e subsídios. «É essa, aliás, a ideia de fundo que está subjacente às medidas de austeridade para os trabalhadores e para o povo que estão previstas no PEC.»
O objectivo desta «descarada mentira» é, afirma, passar os custos da crise e as responsabilidades do grande capital e dos grandes interesses na própria crise para cima dos trabalhadores e do povo!
Jerónimo de Sousa não deixou passar em claro o acordo de «conhecidos banqueiros», que vieram a público dizer que o PEC é bom: «ai não que não é! Para eles!» Também o Presidente da República concorda com o conteúdo do documento, tendo inclusivamente dito que é para «defender o País». Segundo o Secretário-geral do PCP, trata-se de uma «estranha forma» de defender o País esta que pretende alienar «parcelas da nossa soberania económica, quando se subverte a Constituição da República que juram defender e fazer cumprir».

Apoiar quem resiste

Antes, Patrícia Machado, do Comité Central e responsável pela organização Regional de Castelo Branco, tinha já denunciado o agravamento da desertificação e do desemprego no distrito. Castelo Branco, realçou, que «já teve centenas de empresas industriais, milhares de operários e trabalhadores no sector produtivo industrial e agrícola, está hoje perante um cenário de destruição de sectores tradicionais na industria e agricultura».
Apesar desta realidade, lembrou a dirigente comunista, PS, PSD e CDS chumbaram várias vezes o Plano de Emergência Social apresentado pelo PCP na Assembleia da República. As propostas feitas no âmbito do PIDDAC tiveram o mesmo fim – o chumbo puro e simples.
Depois de destacar vários exemplos de agravamento da exploração vividos em empresas do distrito, Patrícia Machado saudou os trabalhadores que «resistem e lutam», destacando os mineiros da Panasqueira; as operárias da ex-Massito e da Carveste; os trabalhadores da Danone e os da administração pública.
Da parte do PCP, garantiu, estes – e outros – continuarão a receber uma «mensagem de confiança e de alternativa». Os comunistas, concluiu, sabem que «outro caminho é possível» e continuam a lutar para «transformar o sonho de Abril em vida» - e para isso é condição necessária um PCP mais forte, um PCP ligado às massas.


Mais artigos de: PCP

É preciso alertar toda a gente

Cumprindo os seus compromissos com os trabalhadores e o povo, o PCP esteve no dia 25 nas empresas e nas ruas do País a esclarecer e a mobilizar contra o Programa de Estabilidade e Crescimento do Governo e do patronato.

Jerónimo com trabalhadores

O Secretário-geral do PCP esteve anteontem à noite nas minas de Neves-Corvo, em Castro Verde, a expressar solidariedade aos trabalhadores da Somincor, que há mês e meio persistem na luta, por mais justa remuneração do trabalho em condições de acentuada penosidade e...

Investir na saúde e nos seus profissionais

Mais de oitenta militantes comunistas com ligação ao sector da saúde participaram, sábado, numa reunião nacional realizada especificamente para debater a situação neste importante sector. Em mais de 20 intervenções, os participantes abordaram temas tão diversos como a luta das populações em defesa dos serviços de saúde,...

Um exemplo que permanece

Por mais anos que passem e por mais combates que o PCP seja chamado a travar, há nomes que nunca deixarão de figurar na galeria dos heróis do Partido – pela dedicação, coragem e abnegação demonstradas e pelas tarefas que foram chamados a assumir. Octávio Pato é, sem qualquer dúvida, um desses militantes.

Reforçar a organização e a intervenção

Continua num ritmo elevado a realização de assembleias das organizações do Partido, definida como prioritária pelo Comité Central, na sua reunião de Novembro de 2009, que relançou a acção «Avante! Por um PCP mais forte».No sábado, realizou-se a Assembleia da Organização Concelhia de Ovar, que contou com a presença de...

<i>Artigo 38.º</i>

«O Estado assegura a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social perante o poder político e o poder económico.»
in Constituição da República Portuguesa.

Pelo direito à habitação

O PCP promoveu, sábado, no Porto, um encontro distrital sobre Habitação e Urbanismo, que contou com a participação de dirigentes do Partido, autarcas e representantes de associações de moradores e cooperativas de habitação. No decorrer dos trabalhos, em várias intervenções, falou-se de especulação imobiliária, da...

Aniversário de António Dias Lourenço

O 95.º aniversário do histórico dirigente comunista António Dias Lourenço foi assinalado, sexta-feira, no Centro de Trabalho da Baixa da Banheira, num convívio que contou com a presença de dezenas de camaradas e amigos. José Capucho, do Secretariado do Comité Central, fez uma intervenção onde salientou os aspectos mais...