Desemprego exige mudança de políticas
A CGTP-IN exige o abandono das medidas anunciadas pelo Governo do PS e apoiadas pelo PSD, e sublinha que é necessário e urgente uma mudança de políticas que favoreçam o crescimento económico, apostem na dinamização do sector produtivo, criem mais e melhor emprego, reforcem a solidariedade com os desempregados, promovam o aumento do poder de compra dos trabalhadores e das suas famílias. Estas são as conclusões duma nota de imprensa em que a central sindical comenta os mais recentes dados do desemprego.
De acordo com os dados oficiais, são já mais de 592 mil os portugueses nesta condição (10,6 por cento), número que revela um aumento de mais de 96 mil entre o 1.º trimestre de 2009 e o 1.º trimestre de 2010. Se considerarmos os inactivos disponíveis e o subemprego visível, a percentagem de desempregados sobe para 12,9 por cento, atingindo 730 mil trabalhadores.
A CGTP-IN lembra ainda que o desemprego de longa duração cresceu 42 por cento no espaço de um ano, representando actualmente 51,5 por cento do total.
Acresce que o subsídio do desemprego está a baixar. Para além dos mais de 200 mil sem acesso àquela prestação, entre 2009 e 2010 o valor médio mensal do subsídio diminuiu sete euros na sequência da quebra dos salários e remunerações.
Quanto à precariedade, a Inter frisa que é um fenómeno que grassa incentivado pelas políticas atentatórias dos direitos dos trabalhadores. Mais de 100 mil postos de trabalho permanentes foram destruídos no período homólogo ao mesmo tempo que crescem os vínculos a prazo, o falso trabalho independente e outras forma formas de exploração (mais 56 mil entre o 1.º trimestre de 2009 e o 1.º trimestre de 2010), abrangendo 23 por cento dos trabalhadores.