Obras estruturantes

Investimento público, precisa-se!

Num contexto como o actual em que alastra o desemprego e a estagnação económica, o que o País precisa não é de cortar no investimento mas sim de «mais e melhor investimento, e, desde logo, de investimento público de qualidade». Esta foi uma ideia central formulada pelo deputado comunista Bruno Dias faz amanhã oito dias num debate de urgência requerido pelo CDS/PP sobre a alta velocidade ferroviária e outras grandes obras.

Com os partidos à direita do hemiciclo a insistirem no adiamento de projectos estruturantes como a nova travessia sobre o Tejo, a alta velocidade e o aeroporto, a bancada do PCP fez notar que o debate político sobre as opções estratégicas do País nesta matéria «não pode ser reduzido a um tudo ou nada, a um pegar ou largar».

Bruno Dias, reiterando a posição do PCP, sustentou que «há um outro caminho, designadamente com uma gestão pública que defenda o interesse nacional, o desenvolvimento, a boa gestão dos recursos públicos».

Nesse sentido foram aliás já apresentadas várias propostas concretas e alternativas pela bancada comunista que, em paralelo e desde a primeira, afirma estar condenado ao fracasso o modelo de negócio e financiamento preconizado pelo Governo.

«Não sendo nada disto novidade, o que não faz sentido é insistir no erro com um modelo de financiamento privado e de parcerias público privadas», frisou Bruno Dias, que se interrogou ainda sobre os atrasos no lançamento do concurso de uma infraestrutura fundamental para a região e o País como é a nova travessia sobre o Tejo, fundamental do ponto de vista do território e da sua qualificação.

Introduzida no debate foi ainda uma outra questão considerada pelo PCP como vital para o País e que tem a ver com a produção nacional. Foi dado o exemplo das oficinas da EMEF, dias antes visitadas por uma delegação do PCP, que os trabalhadores e as autarquias defendem que seja um pólo ferroviário mas que o Governo quer privatizar, traçando-lhe um destino idêntico ao que já tiveram outras empresas no passado – a sua destruição -, como a Sorefame ou a Siderurgia.



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