Defender a água pública
Ao cessarem a concessão de exploração de água com a empresa Águas do Centro Alentejo, as câmaras municipais de Estremoz e Évora confirmam o que o PCP sempre disse quanto à inviabilidade do sistema multimunicipal de água. Esta decisão, aliada à não adesão de Portel e Vila Viçosa, «arrasa um sistema que, dadas as premissas em que se baseia, o PCP sempre afirmou ser inviável», afirma a Direcção da Organização Regional de Évora.
Desde o início da década que o PCP se bate contra este sistema por considerar que abre a porta à privatização da água e do saneamento, pondo desta forma em causa não só o acesso de todos a este bem essencial à vida como a própria qualidade da água distribuída. O sistema intermunicipal que o PCP propunha, que mantinha a capacidade de decisão no poder local, foi inviabilizado pelo actual primeiro-ministro José Sócrates, então ministro do Ambiente. Para o PCP, «quaisquer que sejam os desenvolvimentos sobre o sistema de águas do Alentejo central, estes não podem, em momento algum, pôr em causa o normal abastecimento de água às populações servidas por este sistema».