Dar combate à exploração
No mais recente número do seu boletim, a célula do Partido no Spacio Shopping dos Olivais apela aos trabalhadores daquela superfície comercial para que dêem «réplica à repressão nos locais de trabalho». A somar aos aumentos dos impostos e de preços e aos cortes nas prestações sociais e salários, a célula do Partido chama a atenção para a «lei de quase escravatura» que impera no Shopping dos Olivais: «os direitos dos trabalhadores do comércio, da hotelaria, da limpeza e da vigilância e portaria são atropelados diariamente, pois os contratos colectivos de cada sector são completamente ignorados pelos patrões e aos trabalhadores são exigidas tarefas que não respeitam as suas categorias profissionais.»
Nos Olivais Shopping, prossegue o texto do boletim, os trabalhadores «fazem as limpezas das lojas, são vigiados ao fechá-las se saem por necessidades da natureza humana», como ir à casa de banho ou tomar as refeições. Mas estes trabalhadores «não são responsáveis por não existir pessoal em número suficiente nas lojas». Os comunistas denunciam ainda que os horários enviados para a Autoridades para as Condições de Trabalho não são cumpridos nos vários sectores existentes no centro comercial.
Aqui inclui-se o Pingo Doce, «onde os trabalhadores têm que estar disponíveis 24 horas por dia para o patrão, pois a empresa não contrata mais trabalhadores e vai enchendo os bolsos à custa dos trabalhadores com vínculo precário, que é a maior parte dos casos». Na cadeia do grupo Jerónimo Martins não estão a ser concedidos aumentos, apesar dos milhões de euros de lucro.