Dela se diz – e com razão – que é o maior acontecimento político-cultural do País. Reconhecido estatuto que conquistou logo na sua primeira edição, em 1976, e que desde então a acompanha, ano após ano. Como perene tem sido o labor dos que sempre a ergueram, a pulso, força e génio criador que foi capaz de vencer todos os obstáculos até se ancorar em terreno firme, na Atalaia. Fazendo dela um espaço sempre renovado, sempre melhor. Onde nunca faltou a alegria, o convívio fraterno, a diversão, a festa. A fazer dela a Festa da Juventude, cada vez mais. Numa vivência única, onde tudo se cruza. A intervenção política e o debate de ideias – em compreensível lugar cimeiro –, lado a lado com as mais variadas expressões e linguagens artísticas: da música – da que melhor se faz, por cá e no Mundo – à gastronomia, do teatro ao desporto, da literatura à ciência. Esta é afinal a grande festa da Arte e da Cultura. E porque tudo ali é e cheira a Abril, ali se fundem os mais inovadores e ambiciosos projectos. Que fazem da Festa do Avante! – pois é dela que falamos – a mais bela Festa de Portugal. Com raízes no Povo. Onde se inspira e vai buscar tudo. Por isso, nela, como em nenhum outro lugar, respira-se o pulsar do povo e dos trabalhadores, suas aspirações e anseios. E da solidariedade internacionalista. Porque ali, naquele imenso espaço de fraternidade, por três dias, reflectidas estão relações de novo tipo e os ideais que norteiam a luta pela construção de uma nova sociedade. Esse é o combate dos que não se resignam perante as injustiças, as desigualdades e a exploração do homem pelo homem.