Um edifício governamental foi incendiado após uma manifestação de polícias que, anteontem, exigiram melhoria dos salários e das condições de vida nas ruas do Cairo. O incidente ocorreu dois dias depois de um referendo constitucional, aprovado por maioria com uma taxa de participação de apenas 40 por cento, mas contestado pelos jovens, que consideram insuficientes e até contrárias à revolução o conjunto de alterações.
Os jovens já haviam demonstrado a sua firmeza ao rejeitar encontrar-se com Hillary Clinton, que dia 16 foi à Praça Tahir numa operação de charme que não conquistou a juventude, para quem o envolvimento dos EUA com a ditadura de Mubarak e as posições no Médio Oriente merecem repúdio.
O desconfiança dos egípcios para com o imperialismo ficou ainda patente no ataque, no dia do referendo, a El Baradei acusado de ser um agente dos EUA e de ter responsabilidades na invasão do Iraque.