Porto

Fazer crescer a CDU

Jerónimo de Sousa participou, quinta-feira, na apresentação pública do mandatário distrital, Vítor Ranita, e do primeiro candidato da CDU, Honório Novo, pelo círculo eleitoral do Porto.

O investimento público no distrito nunca foi tão baixo

Perante uma sala repleta de apoiantes, no Hotel Tuela, Vítor Ranita, sindicalista e reconhecida personalidade do Porto, lembrou que até ao dia 5 de Junho é necessário fazer chegar «a cada lar o nosso apelo à ruptura com a continuação da actual política de desastre económico e social». «Agora, todos os portugueses que sentem diariamente atraiçoadas as promessas trazidas por Abril têm uma possibilidade de reafirmar a exigência de que elas passem a ser respeitadas», afirmou, apelando ao voto na CDU.

«Se formos além das considerações ideológicas, se nos ficarmos pelos problemas concretos enfrentados pela população que protesta e luta nas empresas, nos centros de saúde e nas escolas, nas SCUT e nos transportes, nos portos e nos campos ou nos espaços de docência, de investigação e cultura – em todos os ambientes podemos levantar a questão de saber se será útil aos anteriores votantes do PS, do PSD e do CDS continuarem a votar nos responsáveis pela política que os insatisfaz e prejudica», acrescentou, lembrando que «os políticos não são todos iguais» e que os candidatos da CDU tem «um passado e um presente de luta, bem conhecidos, em defesa das classes e camadas laboriosas».

O mandatário pelo círculo do Porto salientou ainda que os candidatos da CDU «tem todas as condições para obter o reforço da influência e da expressão eleitoral», contribuindo para a «construção, no País, de uma linha de orientação política diferente».

Neste sentido, informou que dos candidatos efectivos que integram a lista cerca de um terço tem menos de 35 anos de idade ou menos e, aproximadamente, metade são mulheres, sendo operários, empregados, professores, médicos, escritores, historiadores, engenheiros, advogados, economistas, outros licenciados, trabalhadores-estudantes, activistas de movimentos sociais, activistas e dirigentes sindicais, e responsáveis nacionais de associações de doentes sinistrados do trabalho.

Vários destes candidatos são, simultaneamente, eleitos em juntas de freguesia, assembleias municipais, executivos camarários e na Assembleia da República. Na lista há uma maioria de candidatos membros do PCP, do Partido Ecologista «Os Verdes» e da Intervenção Democrática, mas também existem outros que a integram como independentes.

 

Porto discriminado

 

Honório Novo começou a sua intervenção dizendo que o distrito do Porto «é bem o reflexo da situação do País» e «uma vítima mais da política de discriminação do Governo do PS». «Ao contrário da propaganda de alguns, o investimento público no distrito nunca foi tão baixo como nos governos de Sócrates», acusou, salientando que os valores do PIDDAC falam por si, uma vez que «para uma população que é de 17,2 por cento do País, cabe ao distrito do Porto três por cento do montante total previsto no PIDDAC, isto é, um investimento per capita de 38 euros, quando o valor médio nacional é de 213 euros».

Para além da «evolução preocupante» da capacidade produtiva do distrito (menos 16 por cento de empresas entre 2006 e 2008), o cabeça de lista da CDU alertou para a situação do desemprego no distrito, que ronda os 13,5 por cento, cerca de 130 mil trabalhadores na versão oficial e governamentalizada do IEFP, aproximando-se, de facto, dos cerca de 200 mil trabalhadores, «um enorme e insustentável flagelo social que é consequência directa das políticas de recessão dos sucessivos PEC e Orçamento do Estado, aprovados e viabilizados pelo PSD ou pelo CDS».

As consequências sociais da convergência partidária em torno desta política de direita são visíveis no distrito, com, por exemplo, 102 mil famílias a perderem o abono de família no último ano, uma quebra de 31 por cento que atingiu milhares de famílias em dificuldades. Por outro lado, mais de 17 por cento dos desempregados deixaram de ter subsídio de desemprego.

Honório Novo defendeu ainda a regionalização administrativa prevista na Constituição da República, por «ser um meio de democratização e de aproximação das decisões políticas às populações» e por constituir «um meio para combater assimetrias regionais e lutar pela coesão nacional».



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