O lixo é o destino de um terço da produção mundial de géneros alimentares para consumo humano, calcularam o Instituto Sueco de Alimentos e Biotecnologia (SIK) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.
Os dados mostram que, todos os anos, só o volume de desperdício nos oito países mais ricos, cerca de 222 milhões de toneladas, permitiria suprir as carências da população faminta da África Subsaariana.
As organizações apontam o dedo à multinacionais de distribuição por grosso ou a retalho – as quais dominam grande parte do mercado no sistema irracional que é o capitalismo - acusando-as de promoverem o consumo excessivo e imporem regras de aparência nos produtos frescos, precisamente os que registam um maior volume de desperdício.
Para a FAO e a SIK, deveriam ser implementadas políticas públicas que invertam este cenário, já que, defendem, é mais rápido e eficaz reduzir as perdas que aumentar a produção.