O Estatuto do Pessoal Dirigente que o Governo apresentou dia 18 revela «alguma hipocrisia política», pois preconiza «um concurso condicionado». No final de uma reunião com o secretário de Estado da tutela, um dirigente da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública alertou que a ideia de que os cargos serão preenchidos através de um sistema independente, que o Governo procura incutir na opinião pública, não tem sustentação no projeto de alteração do Estatuto. O concurso é feito por uma comissão nomeada pelo Governo e este pode recusar os nomes que a comissão lhe indicar e propor outros, especificou Paulo Taborda, citado pela agência Lusa. Além disso, constituir aquela comissão com pessoas sem vínculo à Administração Pública «revela que se pretende introduzir critérios de interesse privado».