O processo disciplinar – já em fase final – para despedimento de um trabalhador da Carris, pela sua impossibilidade de, por razões médicas, usar gravata, motivou um requerimento ao Governo por parte do Grupo Parlamentar do PCP, que sublinha o facto de a própria empresa ter já reconhecido essa impossibilidade, tendo até proposto a «requalificação» do trabalhador para outras funções.
Aliás, a este processo juntam-se outros dois de dirigentes sindicais do STRUP/CGTP-IN, punidos com penas de suspensão de vencimento, também por não usarem gravata, recusando-se a administração da Carris a discutir com as Organizações dos Trabalhadores o Regulamento do Fardamento.
O Grupo Parlamentar do PCP apresentou entretanto um requerimento ao Governo, onde pergunta se este pretende tomar medidas para pôr cobro a este comportamento da administração da Carris ou se apoia este «comportamento vergonhoso, desumano e repressivo». Mais, se face a estas atitudes «que envergonham o País e a democracia» não consideraria mais correcto despedir os administradores «engravatados» que as cometem.