Reabram os bingos
Muitos dos cerca de 90 trabalhadores das salas de bingo Brasília e Olímpia, no Porto, deslocaram-se, dia 20, ao Ministério da Economia, em Lisboa, com o apoio do Sindicato da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, da CGTP-IN. Obtiveram garantias de que até ao fim do mês o Governo tomará uma decisão sobre a concessão das salas. Os trabalhadores voltaram a reclamar uma solução urgente que viabilize as empresas e garanta os postos de trabalho.
Numa moção que aprovaram na concentração, no Largo de Camões, e posteriormente entregue no Ministério da Economia, os trabalhadores – que estão a receber o subsídio de desemprego desde Maio, com os contratos suspensos – explicam que as salas de jogo têm duas empresas interessadas na concessão. Mas até à data o «Governo não deu nenhuma explicação sobre tão grande demora para reabrir as salas».
Salientando que, com aquela espera, o «Estado já perdeu mais de um milhão de euros, entre receitas que deixou de receber e subsídios de desemprego que já pagou», os trabalhadores lembraram que o problema podia ter ficado resolvido a 31 de Dezembro, quando a Sociedade Nortenha de Gestão de Bingos encerrou a sala, mas o Governo preferiu, na altura, realizar concursos públicos.
Académica da Amadora
Os cerca de trinta trabalhadores do bingo e dos pavilhões da Académica da Amadora concentraram-se, dia 19, diante da sede da associação desportiva, em protesto para reclamarem o pagamento dos salários em atraso e para recordarem que o prazo de suspensão da concessão do bingo terminava naquele dia.
Os contratos de trabalho estão suspensos há sete meses e os trabalhadores têm dois meses de salários em atraso, cujo pagamento reclamam com urgência. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul, Rodolfo Caseiro, a direcção da Académica «é irresponsável» por não ter resolvido a situação.
O sindicato conseguiu agendar uma reunião com representantes do Ministério do Trabalho, para 4 de Novembro, onde proporá à direcção associativa que apresente uma solução definitiva que resolva o problema, disse à Lusa o dirigente sindical.