Irão rejeita acusações

O governo iraniano qualificou as acusações da Agência Internacional de Energia Atómica como «desequilibradas, amadoras e preparadas com motivações políticas e sobre pressão dos EUA». A propósito das informações que o director geral da AIEA, Yukiya Amano, pôs a circular entre os 35 governadores da Agência, no passado dia 8 de Novembro, Teerão sublinhou ainda que se o organismo das Nações Unidas insistir nas suspeitas sobre o carácter pacífico do programa nuclear do país, o Irão está preparado para desmontar todas as acusações.

Desde que o relatório da AIEA foi divulgado, recrudesceu a pressão a propósito do programa nuclear da nação persa, nomeadamente através da ameaça com uma operação armada multinacional.

Para a Grã-Bretanha, «todas as opções estão em cima da mesa», expressou o ministro dos Negócios Estrangeiros William Hague, acompanhado, em Bruxelas, pelo seu homólogo francês, Alain Juppé.

Posteriormente, o chefe da diplomacia gaulesa recuou nas palavras afiançando que «essa opção só iria piorar as coisas». Na prática, reservou a posição da Franca alinhando-a, para já, com a manifestada pela Alemanha, Rússia ou China.

Já os EUA, ao mesmo tempo que procuram neutralizar Moscovo e Pequim em caso do uso da força contra o Irão, tomam medidas concretas de cerco do país e militarização da região.

De acordo com o Wall Street Journal, o governo liderado por Barack Obama vai fazer chegar esta semana ao Congresso um pedido de autorização para a venda de 4,9 mil bombas de precisão aos Emirados Árabes Unidos. Acresce, diz o jornal, a acentuação das acções de inteligência no Qatar, Bahrein, Kuwait, Emirados, Arábia Saudita e Iraque, a deslocação da maioria das tropas do Iraque para o Kuwait, e os contratos de fornecimento de caças e milhares de bombas, por exemplo, à Arábia Saudita.

Os norte-americanos mantêm e reiteram periodicamente o seu apoio a Israel, autêntico porta-aviões de Washington na região, e cujo primeiro-ministro, Benjamim Netanyhau, está a pressionar os restantes membros do gabinete ministerial e as forças armadas para a adopção da via militar contra o Irão, segundo divulgou a imprensa local nas últimas semanas.



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