Crise atinge «coração» da UE
O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, reconheceu que o contágio da crise da chamada «dívida soberana» nos estados periféricos da União Europeia está a atingir os países centrais da Europa, o «coração» da UE.
Falando em Roma, dia 25, o comissário, citado pela agência EFE, assinalou que «os países vulneráveis, incluindo a Itália, estão a reforçar as suas próprias políticas, mas os actores nos mercados não têm confiança de que estes países possam garantir a sua dívida, e portanto não há soluções que não passem pelo crescimento».
As declarações deste responsável foram feitas dois dias depois do fiasco da última emissão obrigacionista do Estado alemão, que visava vender títulos de dívida no valor de seis mil milhões de euros por um prazo de dez anos.
Porém, apenas 3,89 mil milhões encontraram comprador, o que obrigou o Bundesbank a intervir para subscrever o restante. Para os especialistas, este foi o primeiro sinal de que a Alemanha pode ser contaminada pela crise, o que levanta sérias preocupações sobre o futuro da zona euro.