Ausência de respostas em Évora
Na sessão comemorativa dos 25 anos da Classificação de Évora como Património Mundial pela UNESCO, realizada na sexta-feira, Eduardo Luciano, vereador na autarquia, começou por lembrar que aquele processo de classificação teve a sua génese o «entusiasmo» e o «empenho» de um executivo municipal onde a CDU detinha a maioria e que era liderado por Abílio Fernandes.
Na sua intervenção, o eleito do PCP acusou ainda o PS, há 10 anos no Executivo da Câmara de Évora, de ser alheio ao processo de classificação, com a «decisão política», a «participação dos cidadãos», o «pioneirismo das intervenções necessárias» ou o «trabalho técnico efectuado».
Aproveitando o momento, Eduardo Luciano alertou ainda para as dificuldades que o Centro Histórico de Évora atravessa, comuns à generalidade do território. No entanto, acrescentou, «não podemos deixar de criticar a completa ausência de resposta por parte do Executivo municipal ao acentuar de problemas como a desertificação, o abandono patrimonial, a insegurança, a deficiente limpeza pública, o definhamento da actividade económica ou o desinvestimento na promoção de eventos culturais condignos com o espaço cénico que representa».
«De facto, não só não se procuraram caminhos e respostas que contribuíssem para travar estes fenómenos, como se tomaram decisões de sentido contrário», acusou, salientando a deslocalização de serviços municipais como o Parque Industrial que, pelo seu impacto e exemplo, «constituiu uma forte machadada no Centro Histórico, amputando-o da localização de funções administrativas essenciais, como óbvio reflexo na actividade comercial».