Democratas tunísinos exigem
Por ocasião do primeiro aniversário do derrube da ditadura de Ben Ali, seis partidos democráticos da Tunísia divulgaram um comunicado no qual se comprometem a «rechaçar qualquer tentativa de trair a revolução ou interromper o seu desenvolvimento político e social», a oporem-se «a que a nossa política continue refém dos círculos imperialistas e reaccionários» e a cumprirem o objectivo comum de «lutar contra a permanência dos elementos do antigo regime nas esferas judiciais, nas forças de segurança e nos meios de comunicação social».
No texto, subscrito pelo Partido Comunista Operário da Tunísia, pelo Partido Democrático Patriótico do Trabalho, e pelos movimentos do Povo, Unitário e Progressista do Povo, dos Patriotas Democráticos (Watad) e Baaz, condena-se ainda qualquer atentado às liberdades individuais e colectivas e apela-se às demais forças patrióticas e progressistas e ao povo tunisino para que lutem pela «dignidade de todos os cidadãos assegurando o direito ao trabalho estável, à saúde e à protecção social»; pela liberdade pública e privada e pela igualdade entre homens e mulheres; pelo «julgamento dos corruptos e pela recuperação do capital roubado»; pelo estabelecimento de uma política de «crescimento equilibrado baseado na justa distribuição da riqueza»; pela aprovação de uma Constituição que garanta «a liberdade, a justiça e a democracia».