Contra a guerra no Médio Oriente
Preocupado com a evolução da situação no Médio Oriente, um conjunto de 25 personalidades manifestou, publicamente, a sua «preocupação» com a «agudização da situação em grande número de países do Norte de África e do Médio Oriente».
A guerra constitui a maior violação dos direitos humanos e dos povos
«A ameaça iminente de intervenção militar externa na Síria, após persistente alimentação da dissensão interna, bem como a longa preparação de intervenção militar no Irão», são razões da maior inquietação para Alice Vieira, Alfredo Maia, Augusto Praça, Avelãs Nunes, Baptista Alves, Barata Moura, Deolinda Machado, Graciete Cruz, Graziela Abraços, Ilda Figueiredo, João San Payo, José Goulão, Levy Baptista, Luis Varatojo, Manuel Duran Clemente, Manuel Freire, Manuel Loff, Margarida Tengarrinha, Maria do Céu Guerra, Nuno Santos (Chullage), Paulo de Carvalho, Pedro Abrunhosa, Silas Cerqueira, Siza Vieira e Urbano Tavares Rodrigues.
Os primeiros signatários desta posição pública defendem ainda que as relações internacionais «não se devem reger pela ingerência, pela guerra e pela ambição de domínio político e económico – nomeadamente das reservas de hidrocarbonetos – mas pelo desanuviamento, pela resolução pacífica dos conflitos, na promoção da paz e da cooperação».
«A guerra constitui a maior violação dos direitos humanos e dos povos. A ingerência, a agressão e a guerra não são solução para os problemas. Pelo contrário, antes os agravam, provocando a morte, o sofrimento e a destruição», referem estas personalidades, recordando a Jugoslávia, o Iraque, o Afeganistão ou a Líbia.
«A escalada de guerra no Médio Oriente terá profundas e graves consequências para os povos dessa região, para toda a humanidade. O que está em causa são o próprio equilíbrio económico e a paz mundiais», advertem as personalidades portuguesas no documento tornado público a 17 de Fevereiro.