Os trabalhadores da Airpass, empresa a operar no sector do handling aeroportuário, exigem o pagamento de verbas que lhes são devidas e que já atingem valores muito elevados. São ainda vítimas de sobre-exploração e de flagrante violação dos seus direitos, o que aliás tem motivado inúmeras queixas na Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).

Por isso o desafio do PCP ao Governo para que este preste informação detalhada sobre as medidas que estão a ser tomadas para garantir os direitos dos trabalhadores (actuais e anteriores) da Airpass.

No pergunta que dirigiu ao Executivo PSD/CDS-PP, o deputado comunista Bruno Dias interroga-se, face a mais esta triste experiência, sobre se não é chegada a hora de rever a política que tem sido imposta para o sector do handling, nomeadamente a que tem levado à promoção da subcontratação em detrimento da contratação.

É que esta empresa vive de ser subcontratada por outras empresas de handling, assentando o seu «sucesso» na «capacidade de oferecer uma mão-de-obra sobre-explorada, sem contratos efectivos e sem contratação colectiva», como salienta no texto o parlamentar do PCP.

Ora este é um modelo que tem sido promovido e é uma consequência directa das sucessivas políticas europeias e governamentais para este sector, que tem levado inclusivamente a que centenas de postos de trabalho tenham sido liquidados para serem substituídos pela subcontratação da Airpass e de outras similares.