Paraguai

Luta recrudesce

Milhares de funcionários do Ministério das Finanças iniciaram anteontem uma paralisação de cinco dias em defesa de aumentos salariais. Fracassadas as negociações entre sindicatos e representantes do governo golpista, liderado por Frederico Franco, os trabalhadores decidiram avançar com a paralisação, justamente quando o executivo pretende terminar a proposta de Orçamento do Estado para 2013.

Na quinta-feira, 23, a polícia dispersou com balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo uma concentração de funcionários públicos na capital, Assunção.

Para ontem, a Coordenadora de Organizações Camponesas e Indígenas do Paraguai agendou o início uma campanha nacional de protesto contra a utilização de sementes trangénicas, permitida pelo governo de Franco logo que assumiu funções.

Simultaneamente, a Liga Nacional de Carperos, que agrupa milhares de camponeses sem-terra, denunciou a vaga repressiva nos campos, onde núcleos rurais com milhares de famílias têm sido desmantelados, e os seus bens e animais destruídos.

A Liga adverte o governo que os acampamentos instalados nos últimos anos nos latifúndios não podem ser demolidos, e que a exigência da democratização do acesso à terra vai prosseguir, anunciando, desde já, o reinício da ocupação de terras em 16 regiões do país.

Entretanto, o Banco Central do Paraguai acusou quatro instituições que operam no país – Sudameris, BBVA, Regional e Continental –, de terem realizado mais de 6200 operações de branqueamento de capitais, estimadas em 370 milhões de dólares. O montante terá sido enviado para o estrangeiro através de empresas fictícias.



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