É dos mestres mais antigos no nosso País e dos mais jovens que no mundo ascendeu a essa categoria na modalidade de Goju-Ryu, no universo do karaté. Conta-se já por mais de 500 os alunos que fizeram com ele a sua aprendizagem na Casa do Povo de Corroios, onde dá aulas desde 1992, tinha então 19 anos. Foi de resto ali que aos sete anos, incentivado pelo pai, começou a praticar a modalidade. Chama-se Marco Cruz e foi alvo sexta-feira, no polidesportivo, no final da Gala de Artes Marciais, de uma homenagem pela Comissão de Desporto da Festa, de quem recebeu um galardão alusivo ao momento.

Antes, também ele, acompanhado por 28 dos seus alunos (são 65 os inscritos neste início de época), com a sua elevada técnica, participara numa demonstração da modalidade em representação da Casa do Povo de Corroios. Uma presença que se repete desde que a Gala de Artes Marciais ocupa um lugar na programação do Desporto na Festa. «É sempre com prazer que vimos», refere em declarações ao Avante!, sublinhando o carácter «gratificante» de uma homenagem que considera ser um «reconhecimento do trabalho». Admite também o «significado ainda mais especial» da iniciativa por se tratar da Festa do Avante!.

Desmistificando ideias feitas sobre o carácter agressivo e violento de modalidades como o Karaté, Marcos Cruz – que trabalha com alunos que vão dos três aos 69 anos –, garantiu ainda ao nosso jornal que os valores incutidos nos atletas são outros, são «valores correctos», como «o respeito pelo outro» ou o «espírito de sacrifício». «São normalmente pessoas calmas, serenas, com grande poder mental para encarar os problemas e gerir a vida», asseverou.