Uma das novidades na programação deste ano foi a presença do Hóquei em Patins, através das equipas Benjamim (sete/oito anos) do Grupo Desportivo Fabril e do Seixal Futebol Clube. Disputado na tarde de sábado, o jogo mostrou-se muito competitivo, com os miúdos a darem o melhor de si e a revelarem as suas aptidões e qualidade técnicas.
«Esta é uma modalidade muito difícil de aprender e que exige saber patinar e manejar o stick muito bem», disse ao Avante! Rinito Rita, 58 anos, treinador de nível 2 e coordenador da «Escolinha de Hóquei em Patins» do Grupo Desportivo Fabril. Sabe bem do que fala, ele que se iniciou na modalidade aos oito anos, que jogou em todos os clubes do distrito de Setúbal, e que ainda hoje alinha em equipas de veteranos. Uma longa e gloriosa história tem, por seu lado, o «Fabril», que teve no hóquei a sua modalidade fundadora (então Grupo Desportivo da CUF). São cerca de 60 anos ininterruptos ao longo dos quais a modalidade conquistou um palmarés invejável, como o de campeão nacional absoluto em 1965, não falando nos seus internacionais e nos três campeões do mundo (Leonel Fernandes, José António «Flecha» e Vítor Domingos) que passaram pelas suas fileiras.
É com entusiasmo que Rinito Rita traz à memória estes factos, sublinhando à nossa reportagem a importância do fenómeno desportivo – por via da «formação, da disciplina e de regras» –, como «ferramenta educativa» das crianças. No caso do hóquei em patins, praticado com patins clássicos, acresce, observa ainda, o facto de esta ser uma modalidade muito completa do ponto de vista físico, uma vez que exige «grande coordenação motora, estando equiparada ao nível da natação».