Milhares de pessoas saíram às ruas, no domingo, 7, em 57 cidades de Espanha. As principais centrais sindicais ameaçam convocar uma greve geral contra as políticas de austeridade.
Esta foi a segunda jornada de protesto convocada neste Outono pela Cimeira Social, plataforma integrada pelas principais centrais sindicais, UGT e CCOO, e cerca de 150 organizações.
Tal como em 15 de Setembro, os protestos de domingo tiveram como objectivo combater as duríssimas políticas de austeridade, que os sindicatos exigem submeter a referendo, e preparar o terreno para uma greve geral que se anuncia no horizonte, provavelmente coincidindo com a paralisação já anunciada em Portugal para 14 de Novembro.
Aliás, o manifesto lido no final da marcha, definia a jornada como «um passo intermédio» para uma greve geral, «caso o governo não mude significativamente de políticas e de atitude».
Ambos os líderes das CCOO e da UGT, Ignacio Fernández Toxo e Cándido Méndez, respectivamente, coincidem na opinião de que o orçamento para 2013 «só trará mais recessão e mais desemprego», segundo declararam no início do desfile em Madrid, que juntou cerca de 70 mil pessoas.
«Mais desemprego, mais cortes, menos protecção social. Querem arruinar o país! Há que impedi-lo», lia-se na faixa que encabeçou a manifestação na capital e em dezenas de outras cidades.
Muitos manifestantes erguiam cartazes com a palavra «Não» combinada com um par de tesouras, numa alusão aos cortes orçamentais que flagelam a população há vários anos.
Em Barcelona, os organizadores calcularam em 20 mil o número de manifestantes. Muitos foram ainda aqueles que protestaram nas oito capitais de província de Castela e Leão. Em Múrcia, Saragoça, Vitória e Bilbau, os seus centros urbanos ficaram apinhados de manifestantes. O mesmo se passou em muitas outras cidades, como Gijon, nas Astúrias, Pamplona ou Sevilha.
Nos desfiles, para além das organizações promotoras, integraram-se representantes de partidos políticos que se opõem às actuais políticas.