Pesar por Óscar Lopes e João Honrado

O Parlamento aprovou, por unanimidade, no passado dia 28 de Março, votos de pesar pelo falecimento de dois destacados militantes comunistas, Óscar Lopes e João Honrado.

Desaparecidos no mesmo dia (22 de Março), ambos se distinguiram pela sua intensa actividade política contra a ditadura fascista.

João Honrado, que nasceu em 1929 em Ferreira do Alentejo, cedo começou a sua intervenção política (aderiu ao MUD Juvenil em 1947), tendo dirigido, já como funcionário do PCP, lutas estudantis em Coimbra (1958/1962) e greves operárias e de pescadores na região do Porto. Conheceu as masmorras do fascismo no Aljube, Caxias, Peniche e Penitenciária de Lisboa, num total de 12 anos e meio de prisão.

Depois do 25 de Abril fez parte da Comissão de Extinção da PIDE/DGS e foi deputado à Assembleia Constituinte. Dirigiu o jornal «Reforma Agrária» e teve importante papel no «Diário do Alentejo e no «Alentejo Popular».

Óscar Lopes, nascido em 1918, por seu lado, como é referido no texto subscrito pelo PCP, PEV, BE, PS e PSD, foi uma «figura maior da cultura portuguesa, nome marcante dos estudos linguísticos e literários, estudioso da cultura portuguesa, generoso militante cultural, um intelectual comunista de uma imensa constância na sua vida e na sua obra».

Da vasta obra de Óscar Lopes, membro do PCP desde 1945 e do seu Comité Central entre 1976 e 1996, o voto realça em particular os seus trabalhos no domínio da linguística e da crítica literária.

Recordado é ainda o seu activo envolvimento nas mais diversas acções da oposição democrática antifascista, pelas quais esteve duas vezes preso, e que levaram também ao seu afastamento da Universidade.

Nos dois votos a Assembleia da República expressa sentidas condolências às famílias de João Honrado e de Óscar Lopes, bem como ao PCP.



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