- Nº 2055 (2013/04/18)
Lei dos «despejos» arruína tecido económico e social

Futuro sem perspectiva

Nacional

A Lei do Arrendamento está a pôr em causa a estabilidade das famílias, das empresas e das colectividades. Em Lisboa, como no resto do País, o PCP exige a revogação da lei dos «despejos».

Em nota de imprensa, a Direcção da Organização da Cidade de Lisboa do PCP recorda que o «ataque» foi «já iniciado» contra os comerciantes e outros sectores, que «são forçados ao encerramento das suas actividades». Situação semelhante acontece com as colectividades de cultura e de desporto, «por lhes ser exigido um valor de renda incomportável para os seus rendimentos, por parte dos proprietários».

«Dezenas de estabelecimentos comerciais localizados no Chiado, na Baixa lisboeta, bem como um pouco por toda a cidade, vão ser despejados pelos proprietários, ao abrigo desta Lei, sendo-lhe proposta uma indemnização, mais do que injusta e insuficiente para a sua deslocalização», referem os comunistas de Lisboa, lembrando que a medida vai colocar «no desemprego mais trabalhadores».

«O encerramento de comércio emblemático, de que são exemplo os alfarrabistas, terá impacto na procura turística da cidade e descaracterizará esta zona da cidade que deixará de integrar estabelecimentos comerciais marcantes aqui instalados há vários anos», acrescentam, dando outros casos como exemplo: «farmácias, cabeleireiros, ourives e restaurantes, que estão na iminência do despejo por não poderem cumprir as propostas dos senhorios».