Todos a Belém!
A CGTP-IN confia que muitos milhares de pessoas vão comparecer na manifestação que convocou para este sábado, à tarde, junto à residência do Presidente da República, para exigir que este demita o Governo e convoque eleições antecipadas.
A luta dos trabalhadores e do povo tem um papel decisivo
Até ao último momento, dirigentes, delegados e activistas sindicais, entre os quais se destacam muitos militantes comunistas, prosseguem o esforço de esclarecimento e mobilização para esta concentração, anunciada nas comemorações do 1.º de Maio. Ao mesmo tempo, faz-se a valorização da unidade e da luta dos trabalhadores e de todos aqueles a quem a «austeridade» e a política de direita estão a negar o direito e a legítima aspiração a uma vida melhor.
No folheto-base distribuído em empresas e serviços e nas ruas, ao longo de cerca de três semanas, o apelo à participação é fundado na exigência de substituir o Governo e a política, porque «Portugal não aguenta mais» recessão e austeridade, nem despedimentos, desemprego e cortes na protecção social, nem redução de salários e pensões. Ir no sábado a Belém será também uma forma de contestar o aumento da idade de reforma e de recusar as injustiças e desigualdades, que se acentuam com o actual rumo.
Nos efeitos da «austeridade», imposta em sucessivas e crescentes doses, a Intersindical refere o facto de a parte da riqueza nacional atribuída aos rendimentos do trabalho ser a menor dos últimos 60 anos, assim se provando que os sacrifícios não são feitos por todos.
Insiste, por outro lado, que a despesa social em Portugal (63,4 por cento da despesa total do Estado, em 2011) está abaixo da média da União Europeia (65,7 por cento).
Além de combater a exploração e o empobrecimento, a participação na jornada de 25 de Maio será também uma expressão de apoio às propostas alternativas que a Inter tem apresentado, com destaque para as medidas que permitiriam ao Estado aumentar a receita em dez mil milhões de euros e reduzir a despesa parasitária num valor semelhante, sem colocar em causa a garantia, pelo Estado, dos serviços públicos que cumprem as funções sociais atribuídas pela Constituição.
A central sublinha ainda que ao Presidente da República, destinatário mais próximo da mensagem que vai sair desta manifestação, cabe fazer cumprir a Constituição e respeitar a vontade do povo.
A alternativa, para a qual a CGTP-IN reafirma ser decisiva a luta dos trabalhadores e do povo, é defendida em três passos: romper com o «memorando» das troikas; convocar eleições para «dar a voz ao povo»; aplicar «uma política de esquerda e soberana».